sábado, 2 de agosto de 2008

Um sábado com muito jazz em praça pública de BH

Neste final de semana, a Fundação Clóvis Salgado leva o melhor do jazz para a Savassi, Zona Sul de Belo Horizonte. A Big Band Palácio das Artes e o Palácio das Artes Gypsy Jazz fazem apresentações em bar e ao ar livre e completam a programação do Savassi Festival Jazz, que acontece nos próximos dias. A exemplo de ontem, o concerto da Big Band será reapresentado neste sábado, dia 2, às 12h, no palco montado na Praça da Savassi. A entrada é franca.

A Big Band Palácio das Artes é uma formação musical expressiva na história e evolução do Jazz, típica dos anos 20 aos 50, nos Estados Unidos. Hoje em dia, já se encontra em todo o mundo, não se restringindo às diversas linguagens do Jazz, mas se dedicando à música popular também através da bossa nova, do samba, do frevo, da salsa, entre outros. Formada em 2006 por iniciativa de professores do CEFAR, da coordenação da área de música da escola, e juntamente com o maestro e arranjador Nestor Lombida, seu responsável até hoje. O grupo é composto por 30 integrantes, executando instrumentos típicos de cada estilo explorado: saxofones, trompetes, trombones, bateria, contrabaixos elétrico e acústico, guitarra, percussão e até mesmo flautas, clarinetas e trompas.

A Big Band trouxe importantes benefícios ao Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado, o CEFAR, como a criação da disciplina História, Estética e Linguagem do Jazz, ministrada pelo professor Rodolfo Padilha, que trabalha o domínio da linguagem jazzistica através do estudo e análise de seu contexto. Além disso, a repercussão desse novo trabalho também motivou a criação das aulas de guitarra com o professor Felipe Guerzoni, para os alunos de violão. No repertório, o grupo apresenta obras diversificadas que vão de Count Basie, George Gershwin e Duke Ellington, passando pelos compositores eruditos Debussy e Ravel até os brasileiros Tom Jobim e Radamés Gnattali, com arranjos e adaptações assinados pelo maestro Nestor Lombida.

O Palácio das Artes Gypsy Jazz é um grupo que busca resgatar o Jazz Cigano de tradição francesa, e único do País, inspirado pelo Quintette du Hot Club de France de Django Reinhardt e Stephan Grappelli. Interpretam o melhor do jazz Swing das décadas de 30 e 40, com o grande violinista uruguaio Rodolfo Padilla, professor de violino do CEFAR e integrante da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

Em 1979, Rodolfo Padilla fundou a Autêntica Jazz Band, após um longo período de estudos sobre o gênero musical. A banda se apresentou nos principais palcos de Minas Gerais, como o Grande Teatro do Palácio das Artes, e em outros Estados, e participou de programas de televisão e comerciais e ganhou, ainda, o prêmio "Golden Minas" como a melhor banda de jazz de Minas Gerais. Em 1993, Rodolfo Padilla foi para a Europa divulgar um outro trabalho como músico e as atividades da banda ficaram paralisadas. Porém, no segundo semestre de 1998, reuniu um novo grupo de músicos e refez a banda, agregando novas idéias mas com a mesma proposta. Além da música de autoria do próprio grupo, Geovane´s Blues, o Gypsy Jazz apresenta no repertório, Ojos Negros (Tradicional), Like someone in love (Johnny Burke & Jimmi Van Heusen), Sweet Chorus (Reinhardt & Grappelli), Solitude (Duke Ellington), All of me (Simons & Marks), dentre outras.

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