sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Acidentes com motos em BH aumentaram 39% em um ano

Da Ascom/ALMG

Segundo dados fornecidos pelo coronel BM Cláudio Vinício Serra Teixeira, comandante operacional do Corpo de Bombeiros Militar de Minas, durante recente Audiência Pública na ALMG, “em 2006, foram registrados em Minas 6.482 acidentes, com 87.533 vítimas, sendo 2.254 fatais. Em 2007, o aumento foi de 28 por cento. Essas estatísticas não incluem motociclistas, que sofreram 10.311 acidentes em 2006, sendo que esse número subiu 39% em 2007”.

O coronel Teixeira condenou a sensação de impunidade que persiste na sociedade para os crimes de trânsito, e elogia a tramitação do Projeto de Lei Federal 613, do senador Cristovam Buarque, que aumenta para até 12 anos a pena de reclusão para quem mata com veículo. Levanta também uma incoerência da Lei Seca, ao estabelecer penalidades duras para motoristas alcoolizados, e deixar restrições mais brandas para aqueles apanhados após consumir drogas proibidas.

O militar mencionou também o uso de estimulantes por parte dos motoristas de caminhões de carga, para suportar jornadas exaustivas ao volante. Para ele, “campanhas educativas tinham que usar imagens mais chocantes, de acidentes verdadeiros, como se faz na Europa”.

Durante audiência pública da Comissão de Segurança Pública da ALMG, no início desta semana, o deputado estadual, Délio Malheiros (PV), lamentou que “a mídia apresenta dados distorcidos e não informa verdadeiramente”. Segundo ele, o número de acidentes vem caindo, paulatinamente, ano após ano, em termos proporcionais. "Em termos absolutos, os números aumentam, como aumentam os da frota e dos motoristas, mas a fatalidade dos acidentes, que era de 40 por 10.000 na década de 70, hoje é de 15 por 10.000 habitantes. Nos países desenvolvidos, o número aceitável é de 10 por 10.000 pessoas. Isso acontece porque os carros são mais seguros. Deveríamos criar estímulos para renovação da frota, com redução de IPVA e seguro para carros com freios ABS e air-bags", propôs o parlamentar.

Nenhum comentário: