domingo, 10 de agosto de 2008

Vacinação em Minas Gerais tem resultados satisfatórios

Da AGÊNCIA MINAS

Dados parciais apontam que a vacinação, ontem, contra a rubéola e a paralisia infantil em Minas Gerais atingiram bons números. Até às 17h desse sábado, dia 9, cerca de 550 mil crianças, na vacinação contra a pólio, e 1,3 milhão de pessoas, contra a rubéola, já estavam registradas no site do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações. A expectativa é que o Estado alcance a meta de cobertura do público alvo, 1,5 milhão e 8,8 milhões de pessoas, para pólio e rubéola respectivamente.

Luiz Felipe Caram, subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, acredita que, para erradicar de vez a rubéola entre os brasileiros, é preciso a ajuda de todos. “Minas Gerais tem um grande desafio, e para conseguirmos cumprir esta tarefa, precisamos do envolvimento de todos. É algo que envolve toda a sociedade, que, até o momento, tem atendido ao nosso chamado”, avaliou.

Em relação à poliomielite, Caram destacou que a expectativa é que o Estado alcance a meta de 95% de cobertura das crianças menores de cinco anos de idade. “Nosso esforço é sempre no intuito de superar os resultados das campanhas anteriores. Para este ano, estamos buscando ultrapassar a meta estabelecida, e mobilizamos todos os municípios mineiros. Só assim podemos estar seguros que não voltaremos a ter problemas com a pólio”, comentou.

A coordenadora estadual de Imunização, Tânia Brant, lembrou que a vacinação contra poliomielite é feita em duas datas anuais, quando são feitas as campanhas, mas existem as doses de rotina que devem ser aplicadas. “Os pais devem observar este fato, levando seus filhos às unidades básicas de saúde para serem vacinadas aos dois, quatro e seis meses de idade, e em seguida duas doses com um ano e três meses e outra entre quatro e seis anos de idade, completando, assim, a vacinação de rotina da criança. As campanhas vêm concluir o esforço para mantermos a paralisia infantil erradicada”, frisou.

Cerca de 10 milhões de mineiros, de 12 a 39 anos de idade, devem ser vacinados contra a rubéola no Estado. A medida faz parte do acordo firmado pelo Ministério da Saúde com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e com a Organização Mundial de Saúde (OMS), para erradicação da doença nas Américas, do qual o Brasil é signatário. A população pode procurar, até o dia 12 de setembro próximo, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para serem imunizadas contra a rubéola.

“Com a imunização destas pessoas, vamos eliminar a doença do País e, conseqüentemente, a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC). A síndrome acontece quando uma mulher grávida contrai a doença, provocando má formação do bebê, que pode nascer com cegueira, surdez ou problemas cardíacos”, explica Tânia Brant.

A coordenadora de Imunização ressalta que nos últimos dois anos, 20 estados, incluindo Minas Gerais, enfrentaram surtos da doença, e que dos quase 8.700 casos registrados no País, 69% foram em homens. “Eles são nosso principal alvo. As mulheres, que, culturalmente, freqüentam mais as unidades de saúde para levar seus filhos, acabam se informando mais e, assim, estão mais suscetíveis a serem imunizadas. Nosso esforço é atrair os homens para que possam se vacinar”, informou.

As autoridades de saúde advertem que “um grande desafio é o fato da doença não desenvolver sintomas em alguns casos, portanto, o indivíduo pode disseminar a rubéola sem nem imaginar que contraiu a enfermidade”.

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