sexta-feira, 21 de setembro de 2012

‘Perdidos ‘na manha’/das eleições’ (III)




Graças a Deus, “apertado-de-costura” com tanto trabalho pelo Interior, nesta reta final de campanhas políticas, felizmente, não tenho tido tempo de “assuntar”, amiúde, a corrida municipal no Leste de Minas, principalmente em Valadares e na minha amada Guanhães. “Felizmente”, sim, pois, até a dificuldade de comunicação nos grotões mineiros em que, em serviço (Marketing Político/Consultoria), tenho me embrenhado, tem contribuindo para poupar o autor e leitores deste espaço, do dissabor de assistir a tantos absurdos (da falta de palavra a apresentação/discussão de propostas) que – doce ilusão – imaginava já terem sido banidos da vida política nacional.

O feudal coronelismo, que parecia já ter sido sepultado, ainda ressurge, mesmo de maneira velada, em alguns casos. A antiga Figueira do Rio Doce, que, até o comecinho dos anos setenta, tinha a mão-de-ferro do temido Coronel Pedro, embora em quase nada lembre os novos tempos de outro coronel que palpita na política de Governador Valadares, é um exemplo de que esse “poder militar” ainda está vivo.

Já na minha amada terrinha, e onde ainda sou eleitor, dois candidatos disputam os votos dos guanhanenses – um ex-prefeito, filho da terra, mas com processos na Justiça ainda não “transitados em julgado”; e um funcionário de uma autarquia, de fora, inclusive de política. Neste caso, a escolha seria menos difícil se os meus conterrâneos tivessem outra alternativa, nesse pleito, como, aliás, juntamente com o amigo Emerson Campos (filho do Tito-do-Benjamim), cheguei a tentar. Mas a pessoa sondada – por sinal, “uma mulher distinta” – para disputar essas eleições em Guanhães não quis “arriscar” comprometer sua vidinha tranquila, e declinou-se do nosso convite.

Sem contar os achaques de um veículo de Comunicação local a ambos os candidatos que, temendo represálias, cederam aos caprichos de seus executivos, que – pasmem –! acabaram, com isso, conseguindo trabalhar nas duas campanhas, a confusão na cabeça do eleitor é generalizada. Nos últimos programas eleitorais de Rádio, enquanto um centraliza suas baterias de ataques na crônica questão da Saúde, e não cita fontes que comprovem, realmente, as acusações, o outro leva gente de fora para dar palpites na vida da cidade que mal conhece, a ponto de um atento observador indagar se o Programa é do candidato a futuro prefeito ou se é do atual, ainda ocupante do trono municipal?!

Em respeito aos leitores deste Blog, nem vou me alongar mais...!



(P.S.:

Charge/Ilust. compartilhada do colega Son Salvador)



quarta-feira, 5 de setembro de 2012

‘Perdidos ‘na manha’/das eleições’ II



Mesmo alguns continuando um pouco “perdidos...”, em meio a tantos compromissos de campanha – hoje, reduzidos, por força de lei, a pouca coisa além de muita sola de sapato, comícios sem artistas e carreatas (Ilust.Internet/Divulgação), os candidatos às prefeituras da Grande BH, com raras exceções, já têm a eleição praticamente definida, a pouco mais de um mês do pleito municipal deste ano.

Esse deve ser o caso do médico Fernando Neto, que, há anos, se dedica à Saúde, principalmente, dos mais carentes de Vespasiano, Lagoa Santa e Belo Horizonte. A dedicação do carismático "Dr. Fernando" a um setor que é um verdadeiro "calcanhar-de-aquiles" em todo o Brasil está sendo reconhecida pela população de Lagoa Santa, que, agora, quer levá-lo, pelo voto, à Chefia do governo municipal. E, pelo que apontam as últimas pesquisas eleitorais, "essa conquista está bem próxima".

Segundo matéria do conceituado semanário “Edição do Brasil” http://www.jornaledicaodobrasil.com.br/site/wp-content/themes/twentyeleven/PDF/atual/ultima_edicao.pdf

que circula esta semana, a situação é bem confortável, por exemplo, para o Dep. Fed. Carlaile Pedrosa (PSDB), que, contando com cerca de 30% de diferença, a seu favor, nas últimas pesquisas, deve se eleger em primeiro turno, em Betim, derrotando a prefeita Maria do Carmo Lara (PT). Seu colega na Câmara dos Deputados, o democrata Vitor Penido deve retornar, mais uma vez, à Chefia do Executivo de Nova Lima.Também o peemedebista Carlos Murta (PMDB) e Alvimar Barcelos, o “Nenem da Asa”, devem ser reeleitos em Vespasiano e Brumadinho, respectivamente.

Como, apesar do apoio da prefeita Marília Campos, “a candidatura do Dep. Durval Ângelo (PT) não deve passar de onde já está”, segundo observadores, é possível que a eleição, em Contagem, seja decidida mesmo, é em segundo turno, provavelmente, entre Ademir Lucas (PSDB) e o Dep. Carlin Moura (PCdoB). Neste caso, melhor para a Cidade Administrativa, que terá, na Prefeitura do município vizinho, um do partido do governo, ou outro, da base aliada governista na Assembleia Legislativa.

Aliás, espera-se, para o próximo ano, uma boa troca de cadeiras na Casa de Leis mineira, com vários parlamentares sendo eleitos prefeitos. É o caso, entre outros, do Dep. Antônio Júlio (PMDB), que está “bem colocado” na corrida pela Prefeitura de Pará de Minas.

Mas a “grande lavada” – “de alma e de votos” –, na Grande BH, deve ser dada pelo empresário Carlos Calixto (PSB) que pode “dar o troco”, agora, devolvendo ao seu sucessor na Prefeitura de Santa Luzia, a “balaiada” de mais de 60% que tomou, na última eleição, do atual prefeito Gilberto Dorneles (PSD). É que, por ser médico, os luzienses esperavam que o “Dr. Gilberto” fosse “dar um jeito” na saúde da população local. Em pouco tempo, no entanto, 58,1% deles, hoje, já se dizem “decepcionados” com “a pior administração de Santa Luzia em todos os tempos”, e muita gente ainda não sabe em quem votar (24,6% na estimulada e 39,7% na espontânea), como se manifestaram nas recentes pesquisas eleitorais, principalmente, na última (DataTempo/CP2), divulgada nesta quarta-feira. “Nada ‘escapou’... Até a Saúde ele (o doutor) levou pro buraco”, desabafa um morador da Rua Direita, no Centro de Santa Luzia.

Da mesma forma que o alertei sobre o iminente risco de derrota no último pleito, principalmente, por não conseguir explicar a estranha “composição óleo-e-água” da chapa PR-PT, que colocou “no mesmo saco”, seu então arquirrival, o petista Denílson Martins, e com a qual disputou a eleição anterior, “cantei a pedra” – há mais de um ano – ao Calixto, lembrando-o de que “nem precisaria de adversário na próxima eleição”, pois o seu “maior cabo eleitoral seria mesmo a péssima administração do seu sucessor”. Ao que parece, e, modéstia às favas, a previsão ditada pela experiência de mais de 30 anos de crônica política, vai mesmo se confirmar.

À frente apenas do ex-prefeito Wilson Vieira, do PSC, que, atualmente, segura a “lanterninha” de 0,6%, nesse “túnel” eleitoral, e com uma das maiores rejeições de todo o Brasil, Dorneles amarga a rabeira (5,1%) da disputa por mais um mandato de prefeito da histórica Santa Luzia. O percentual é o mesmo de Aguinaldo Campos (PSDB), ex-secretário de Esportes de Vieira e Calixto, e atual desafeto do Dr. Gilberto, de quem continua sendo vice-prefeito. Gilberto Dorneles consegue fica atrás até da petista Cristina, irmã do Dep. Fed. Miguel Corrêa (10,3%), que tem contra si, o simples fato de nem residir no município. Como se isso não bastasse, a ausência de Cristina e Gilberto, no debate promovido, no último sábado, pela Rádio Santa Luzia FM, “pegou muito mal”, segundo muitos eleitores que congestionaram os telefones da emissora local, cobrando, “pelo menos, uma satisfação” sobre o não comparecimento de ambos.

Com exatos “49,3% das intenções de voto”, ou seja, 39% de distância da segunda colocação, conforme o último levantamento, Calixto está se dando ao luxo de usar, no Comitê Central instalado em ampla área de uma das suas empresas, próxima ao Mega Space, igualmente de sua propriedade, uma das mais enxutas equipes numa das campanhas mais baratas da atualidade, em todo o Brasil.

“E olha que, como se percebe, o próximo prefeito de Santa Luzia, sendo um dos mais abastados empresários brasileiros, nem ligaria pra custo de campanha” – me sopra ao ouvido, um serelepe observador da cena política luziense, sem saber qual jornal de campanha folhear primeiro. “Aqui, cada candidato tem um”, constata o atento (e)leitor.

sábado, 1 de setembro de 2012

Perdidos ‘na manha’/das eleições



Depois de duas semanas de programas eleitorais gratuitos no rádio e na televisão, e a pouco mais de um mês das próximas eleições municipais, “muita água ainda ‘pode’ passar por debaixo da ponte” – em muitos lugares, ou simplesmente, “nem passar...” – em outros. São alguns dos fenômenos políticos que se repetem a cada eleição (Foto/Ilust. compartilhada Facebook/Jackson Gomes Pinto).

Trocando em miúdos, o esperado aguaceiro de doações financeiras às campanhas políticas não vem (o)correndo, como se esperava. Seja pela própria dificuldade em se conseguir o “vil metal”, seja, principalmente, por medo de que, por força de recibos (com informações cadastrais de quem doa e de quem recebe) e cruzamento de informações contábeis, devidamente fiscalizadas pelo Tribunal Eleitoral, os doadores tenham que prestar contas ou, sejam, simplesmente, conhecidos. “Exceto no caso de Belo Horizonte (em que um dos principais candidatos à PBH tem ‘cacife financeiro’ para bancar, até sozinho, a própria campanha”, quando muito, “a arrecadação está bem aquém do que se esperava”, é voz geral. “Até agora, no máximo, três por cento, se tanto (em relação à expectativa), têm sido arrecadado”, garante um desanimado marqueteiro experiente.

Em alguns municípios, a falta de dinheiro é tanta que, sem condições de contratar profissionais especializados, nem pesquisas têm sido feitas. E os programas eleitorais de rádio, notadamente, os de menor duração, ainda estão limitados a pequenas inserções comerciais dos candidatos, ou seus responsáveis tendo que “rastejar a bandeja em busca de recursos”, quase sempre em “migalhas”.

Nem em outras cidades, que podem contar com marqueteiros competentes, a situação não é tão melhor – nem para as agências de Marketing Político, nem para boa parte dos candidatos às prefeituras. Até as últimas eleições municipais, normalmente, no máximo, até o início da segunda quinzena de julho, as agências já estavam escolhidas, os profissionais contratados e os trabalhos já iniciados, em alguns casos, desde o mês anterior, notadamente nas campanhas apoiadas pelo “maior, mais poderoso e importante partido de Minas, o PL (Palácio da Liberdade)”.

Hoje, muita coisa vem se alterando e se alternando, a partir da mudança do centro do poder (que dá poder ao partido citado acima) para a Cidade Administrativa, distante do Centro da Capital mineira. Aliás, a campanha, aqui, continua, convenientemente, na base do “fogo-amigo”, já que os principais candidatos são afilhados dos caciques nacionais e, guardadas algumas proporções, praticamente “farinha do mesmo saco”, já que, até recentemente, vinham se servindo da mesma fonte, do mesmo poder. Comenta-se que, devido a turras passadas, os “homens-da-campanha” de Márcio Lacerda é que não morrem de amores entre si – Paulo Vasconcelos, amigo-do-peito de Aécio, e Cacá Moreno, da confiança de Lacerda –, cabendo ao licenciado secretário de Comunicação da PBH, Regis Santos, o papel de “cupido”, com poderes, na campanha, até para admitir e demitir equipes.

Sem contar os marqueteiros avulsos – como Marco Otávio, que fez o colega Márcio Fagundes trocar “a penúria do PPL, de Tadeu Martins”, em BH, por uma “campanha de Formiga” (no Oeste de Minas) –, as agências é que “têm rebolado” ou “se virado” para conseguir uma fatia cada vez menor do bolo de marketing das campanhas no Interior mineiro, cujas contas, agora, mais do que nunca, estão divididas também com as empresas locais e regionais. É o caso, por exemplo, das agências de Comunicação “Atitude...” e “Fórmula P”, muito conhecidas no Triângulo Mineiro. Estas atendem a dois candidatos bem cotados, em Uberaba: a primeira, por indicação do Dep. Fed. Marcos Montes (DEM), está com a campanha do Dep. Antônio Lerin (PSB), cujo coordenador é o conhecido João Franco, ex-poderoso diretor-geral da Assembleia de MG (à época da passagem do seu atual desafeto, Ânderson Adauto, pela presidência do Legislativo mineiro) e que, até pouco tempo, acumulava duas secretarias municipais no Executivo atual; e a segunda, com a do Dep. Fed. Paulo Piau (PMDB), ambos com boas chances de vitória no próximo pleito.

Curiosamente, e, ao que parece, a “Solis”, que era responsável pelas polpudas contas publicitárias da Câmara e da Prefeitura uberabenses, por “sugestão”, claro, do “padrinho” dos jovens donos da Agência, o polêmico ex-ministro Ânderson Adauto (PMDB), tem sua tropa-de-campanha fora da relação dos principais marqueteiros trabalhando na região, nessas próximas eleições. Talvez, porque ao se debandar para a trincheira petista, na tentativa de recuperar seu espaço político, disputado até na Justiça, o atual ocupante do trono municipal de Uberaba tenha encontrado, já trabalhando na campanha do Dep. Adelmo Carneiro Leão, postulante à sua sucessão à frente do Executivo local, uma agência de Belo Horizonte, por sinal, recordista em campanhas políticas, este ano, em todo o território mineiro.

Historicamente, responsável pelas campanhas de candidatos apoiados pelo Governo de Minas (PSDB e sua base política), a agência de Paulo Vasconcelos, certamente, preocupada com esse tempo-de-vacas-magras, está fazendo a campanha (quem diria?!) do candidato do PT, Dep. Durval Ângelo, à Prefeitura de Contagem, na Grande BH. Além desse contrato, o conhecido publicitário, agora sem seu braço-direito, Fábio Valença, que, praticamente, mudou-se para o Rio de Janeiro, só ficou com as campanhas do Dep. Luiz Humberto Carneiro – que tem tirado o sono de muita gente na Cidade Administrativa, especialmente, no Palácio Tiradentes, pois, dificilmente, o candidato do PSDB conseguirá ultrapassar o petista Dep. Fed. Gilmar Machado –, na corrida pela Prefeitura de Uberlândia, no Triângulo Mineiro; Dep. Fed. Jairo Ataíde (DEM), em Montes Claros; e “só a metade da campanha de Márcio Lacerda (PSB)”, em Belo Horizonte.

Mas, pelo que se tem notícia, os dois maiores pratos desse “pitéu” (termo ressuscitado por “Seu Tunico”, personagem da atual novela “Gabriela”) ficaram mesmo com duas agências de Comunicação da Capital mineira. A “Fúria...”, de outro Cacá, o Soares, e de seu companheiro Luiz Carlos, está “saboreando” campanhas em nada menos de 12 municípios: Caeté, Cel. Fabriciano, Itabirito, Janaúba, João Monlevade, Nova Lima, Paracatu, Pompéu, S. João Del Rei, Timóteo, Uberaba e Varginha; e a “Faz!”, do competente Helinho Faria, abocanha quase 10 “nacos” desse “acepipe”, destacando-se os trabalhos para candidatos de Caeté, Pará de Minas, Ribeirão das Neves, Santa Luzia e Vespasiano, além de um outro, “degustado” além das montanhas mineiras – no caso, a campanha de um candidato à Prefeitura de Florianópolis-SC. Enquanto um deputado da base aliada do Governo mineiro, com influência a partir de Varginha, onde já foi prefeito (1983 a 1988), estufa o peito e garante que, “desta vez, vamos derrotar o PT também no nosso Sul de Minas”, a “Faz!” bate em retirada e, literalmente, deixa de fazer uma campanha “interessante” para muitos colegas. É que, segundo seu titular, a Agência “não é mais” a responsável pela campanha da herdeira política do saudoso José Aparecido de Oliveira – Maria Cecília –, à Prefeitura de Conceição do Mato Dentro.

Na RMBH, a campanha política já esquentou, principalmente nos municípios mais próximos da Capital mineira. Tanto, que merece um espaço especial nas próximas edições deste Blog, que, por sinal, e, como não poderia deixar de ser, estranha o pedantismo de uma marqueteira, cujo nome nem o candidato a que(m) atende sabe o nome. Pasmem! Ela, simplesmente, determina a uma colega da sua equipe, que avise a quem a chamou, ao telefone, que, “melhor do que esperar que ela retorne sua ligação, é mandar um e-mail” para a vaidosa publicitária. “Tem base?” – perguntaria o saudoso “Colírio”, de Abaeté.

Antes disso, porém, vamos ao Leste mineiro, “assuntar” a política nos municípios de Valadares e Guanhães. No primeiro, um certo coronel(ismo) se agasalha em ninho-de-alta-plumagem, e insiste em dar pitacos na política, como fazia, dando ordens, em seus idos tempos de caserna; e, no segundo, pelos programas eleitorais gratuitos de rádio que tenho ouvido, principalmente, pela Internet, o pessoal de campanha dos candidatos à Prefeitura de Guanhães, a minha amada terrinha, tem pisado-na-bola e me deixado “pasmo” com tamanha falta de profissionalismo e ética. Verdadeiro pano-pra-manga, que o assunto deve render ao ser “costurado”, no próximo “post”, aqui, neste espaço.
Aguardem!!!