sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Governador de MG é contra a retomada de vôos na Pampulha

Da AGÊNCIA MINAS

Radicalmente contra uma possível retomada de vôos diretos partindo do Aeroporto da Pampulha com destino a outras capitais do País, o governador Aécio Neves acaba de solicitar, formalmente, à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) explicações sobre a possibilidade disso acontecer. Em entrevista ontem, dia 14, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte o chefe do Executivo mineiro afirmou que a possível volta à Pampulha dos vôos para capitais, como querem a Tam e a Gol, seria um retrocesso no processo de desenvolvimento do Estado.

“Eu não apenas pedi explicações, como manifestei formal e oficialmente a minha posição absolutamente contrária à tentativa de retornarmos ao passado em Minas Gerais, como retorno de vôos da Pampulha, diretos para outras capitais. Seria um desserviço ao planejamento estratégico, ao desenvolvimento que Minas vem vivendo”, reafirmou Aécio Neves, aos jornalistas.

Os vôos nacionais foram retirados da Pampulha em 2005 e transferidos para o Aeroporto Tancredo Neves, em Confins, como parte das ações estratégicas do Governo do Estado para o desenvolvimento do Vetor Norte da Capital, que incluiu também a construção da Linha Verde, com investimentos de R$ 350 milhões.

O governador ressaltou que a transferência dos vôos da Pampulha para Confins possibilitou a reativação do Aeroporto Tancredo Neves, antes sub-utilizado, criando um hub (centro de distribuição de vôos), que tem permitido ligações diretas de Minas com a Europa e outras partes do mundo.

“Infelizmente, não houve, ao longo de todos os últimos anos, de todo este governo, qualquer investimento da Infraero no Aeroporto da Pampulha e tão pouco no Aeroporto Tancredo Neves, em Confins. Na verdade, o governo federal, nesse aspecto, é devedor do Estado de Minas. Fizemos, com recursos exclusivos do Estado, a Linha Verde, que está garantindo o acesso muito mais rápido ao Aeroporto Tancredo Neves, cuja renda é da Infraero, não é sequer do Estado. Não é possível que venha uma decisão unilateral, absolutamente contrária aos interesses do Estado”, protestou o governador de Minas.

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