terça-feira, 5 de agosto de 2008

‘Terças Poéticas’ reinicia programação do semestre em BH

Retomando a programação de agosto, o “Terças Poéticas” de hoje, dia 5, recebe o poeta do Rio de Janeiro, Márcio-André, em homenagem a Roberto Piva. Na apresentação, será apresentada a performance “A Máchina e outras Paranóias”, uma roldana de palavras – poesia-máquina de desautomatizar, em que, munido de voz, violino e outros objetos de som, lerá poemas próprios e de Roberto Piva.

Através de ações rituais do verso, o poeta garante projeções, dissonâncias, interferências eletrônicas, texturas poéticas e realidades experimentais. Com entrada franca, o “Terças Poéticas” acontece semanalmente, às 18h30min, nos Jardins Internos do Palácio das Artes, no Centro da Capital mineira.

Márcio-André é uma revelação, poeta, tradutor, editor, performer e ensaísta. Autor dos livros “Movimento Perpétuo” (2002), “Cazas” (2006), “Intradoxos” (2007) e “Ensaios radioativos” (2008). É editor da revista de arte e literatura “Confraria”, produzida pela Confraria do Vento, editora que coordena no Rio de Janeiro. Faz peças musicais para teatro e cinema e performances de improvisação oral, poesia sonora e música eletroacústica, fundindo o som do violino ao de outros objetos produtores de som. Em junho do ano passado, Márcio-André apresentou a “Conferência Poético-Radioativa de Pripyat”, performance que consistiu em leitura solitária de poemas na cidade fantasma de Chernobyl, na Ucrânia. Também fez leituras em Coimbra, Paris, Buenos Aires e Londres e tem poemas traduzidos para diversas línguas. Atualmente, trabalha no livro “Poética das casas”, que recebeu, em 2008, a bolsa da Fundação Biblioteca Nacional para obras em andamento.

Poeta polêmico, Roberto Piva nasceu em 25 de setembro de 1937, em São Paulo, onde sempre viveu. É figura marcante na paisagem poética paulistana, através da publicação de poemas em vários meios e da participação pessoal em inúmeros eventos. Sua produção é composta por recortes de jornais, livros, periódicos, fotografias, manuscritos e documentos diversos. Participou das antologias “Antologia dos Novíssimos” (Massao Ohno, SP, 1961) e “26 Poetas Hoje” (Labor, RJ, 1976, 1.a edição / Aeroplano, RJ, 1998, 2.a edição); e publicou os livros de poemas “Paranóia” (Massao Ohno, SP, 1963 / Instituto Moreira Salles, SP, 2000, 2a. edição), “Piazzas” (Massao Ohno, SP, 1964, 1a. edição / Kairós, SP, 1980, 2a. edição), “Abra os olhos e diga ah!” (Massao Ohno, SP, 1975), “Coxas” (Feira de Poesia, SP, 1979), “20 poemas com brócoli” (Massao Ohno/Roswitha Kempf, SP, 1981), “Quizumba” (Global, SP, 1983), “Antologia poética” (L&PM, RS, 1985) e “Ciclones” (Nankin, SP-1997) – reunidos em três volumes publicados pela Editora Globo: “Um estrangeiro na legião”, “Mala na mão & asas pretas” e o recém-lançado “Estranhos Sinais de Saturno”.

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