segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Vacinação contra a aftosa começa hoje em Minas

Da AGÊNCIA MINAS

Nesta segunda-feira, dia 3, tem início mais uma etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Febre Aftosa. Até o dia 30 deste mês, devem ser vacinados bovinos e bubalinos com até 24 meses de idade, nos 853 municípios mineiros.

A partir deste ano, a vacinação acontece no mesmo período nos Circuitos Pecuário Leste e Centro-Oeste. O calendário foi unificado pelo Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) a pedido do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), visando à erradicação da doença no País, até o final de 2010. A mudança no calendário permitirá que as etapas de imunização, em grande parte do Brasil, sejam promovidas na mesma época, o que facilitará o trânsito de animais.

Cerca de 360 mil criadores de Minas Gerais devem imunizar seus rebanhos. A fiscalização da ação é de competência do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão responsável pela defesa sanitária agropecuária no Estado de Minas Gerais.

“Para a erradicação definitiva da febre aftosa em Minas, ainda é necessária a vacinação. É indispensável que façamos um trabalho eficiente de prevenção e, para tanto, contamos com o exercício conjunto do poder público, iniciativa privada e produtores rurais”, alerta o dliretor do IMA, Altino Rodrigues Neto.

Os danos causados por essa doença não se relacionam à saúde pública, mas às grandes perdas econômicas determinadas pelo sacrifício de todo um rebanho, a partir de um único animal considerado infectado na propriedade. O impacto da presença da aftosa compromete a exportação de carnes, que fica imediatamente impedida, mesmo em propriedades sem a presença da doença, além da repercussão internacional, cujos reflexos se observam prontamente na redução de valores do produto nacional, como ocorreram nos surtos já sofridos pelo Brasil.

São várias as suposições para o surgimento de focos de aftosa, como os ocorridos no Brasil. Uma delas é o manejo inadequado da vacina, assim como a vacinação parcial, ou seja, a partir da seleção de um grupo de animais, deixando o restante do rebanho susceptível. Uma outra, é a entrada do vírus pelo contrabando de animais de outros países.

Uma alternativa comprovadamente importante na prevenção da aftosa e que poderá ter grande impacto no controle da doença no Brasil é a vacinação maciça e sistemática dos rebanhos, associada à conservação adequada das vacinas utilizadas, que devem ser mantidas em temperatura variando de 2º C a 8º C. Para isso, é importante a participação dos produtores na adesão ao programa de controle, que surge como alternativa mais eficaz na busca por um País livre dessa doença.

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