sábado, 1 de novembro de 2008

Minas investe em profissionais do setor aéreo



Da AGÊNCIA MINAS

Em parceria com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Governo de Minas vai investir na formação e qualificação de mão-de-obra especializada para o setor aéreo. Pilotos e co-pilotos privados e comerciais, bem como demais profissionais de manutenção precisam estar devidamente preparados para atender à crescente demanda gerada pelos diversos investimentos do setor no Estado, entre eles os projetos de expansão da Gol, Trip e TAM e da fabricante de helicópteros Helibrás.

A decisão foi anunciada ontem, dia 31, em Belo Horizonte, durante a primeira reunião do Pólo de Aviação Civil de Minas Gerais (foto Marco Evangelista/Secom). Este mecanismo tem como objetivos principais ampliar a infra-estrutura aeroportuária do Estado e investir no aprimoramento dos processos de capacitação de profissionais do setor. Na oportunidade, foi apresentado também o planejamento do Projeto de Desenvolvimento da Infra-estrutura Aeronáutica e Aeroportuária do Estado de Minas Gerais (Proaero). Além da Anac e das quatro secretarias estaduais que compõem o Pólo (Desenvolvimento Econômico, Educação, Desenvolvimento Social e Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), o encontro de ontem contou com a participação de representantes de companhias aéreas, centros de treinamentos, universidades e aeroclubes.

O subsecretário de assuntos internacionais da Secretaria de Estado de Desenvolvimento econômico, Luiz Antônio Athayde, explica que “o Governo de Minas vai financiar o treinamento dos futuros trabalhadores da indústria aeronáutica nas universidades e centros de treinamento já existentes no Estado”. Ele afirma ainda que o Estado contará com o apoio das companhias aéreas na remodelagem e alinhamento dos currículos dos cursos à real necessidade do mercado. De acordo com a Anac, só os exercícios práticos custam em torno de R$ 7 mil para pilotos privados e R$ 26 mil para pilotos comerciais.

Segundo Luiz Athayde, o valor total a ser investido em bolsas de estudo ainda não está definido, uma vez que a oferta será modular e crescente, de acordo com a demanda das empresas aéreas. Mas “o investimento é mais um passo importante na trajetória de Minas Gerais de se tornar um corredor tecnológico brasileiro de excelência, com empresas e profissionais atuando em serviços com alto grau de tecnologia e especialização”, afirma. Atualmente, Minas abriga dois centros de treinamento, 14 aeroclubes, três universidades e 11 escolas de aviação civil, com cursos homologados pela Anac.

De acordo com o Engenheiro Júlio César Oliveira, da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), a previsão é de que, em 2011, Minas Gerais tenha em operação 158 aeroportos, dos quais 69 com pistas asfaltadas e 35 com balizamento noturno. “Daqui a três anos, 92% dos municípios mineiros estarão a, no máximo, 80 quilômetros de distância de um aeroporto de médio ou grande porte e com operação de dia e à noite”, adianta Oliveira. O índice atual é de 52 por cento.

Segundo do gênero no Brasil, o Pólo de Aviação Civil de Minas Gerais foi criado em 24 de setembro último, com a assinatura de um protocolo de intenções entre o governador Aécio Neves e a diretora-presidente da Anac, Solange Paiva Vieira. A iniciativa visa à integração entre as esferas governamentais, instituições de ensino e empresas privadas para implantar ações coordenadas para o setor, com a difusão e desenvolvimento de tecnologia e o estabelecimento de novos parâmetros de qualidade na formação de mão-de-obra, pesquisa e desenvolvimento científico.

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