BH quer atrair turistas do Mercosul à Capital mineira

Da Ascom/PBH

Além dos laços culturais que se estreitam, outra proposta que ganhou corpo durante as discussões durante a Semana de Belo Horizonte em Buenos Aires sobre um possível acordo entre as capitais mineira e portenha foi a de armar um circuito com várias cidades da região para atrair os turistas de outras localidades. Para o secretário de Relações Internacionais da PBH, Rodrigo Perpétuo, “este tipo de coordenação entre cidades para juntar outros destinos do Mercosul na atração de turistas de terceiros países poderá ser articulado com investimentos do setor privado”.

Conforme o presidente da Belotur, Júlio Pires, a idéia é promover a integração do turista que vem a Belo Horizonte, com as atividades próprias do município, com pacotes que incluam a Capital mineira nos circuitos das cidades históricas e turísticas, como Ouro Preto. Os argentinos se interessaram pelas propostas e solicitaram a criação de vôos diretos entre Belo Horizonte e Buenos Aires.

Em Buenos Aires, os integrantes das áreas relacionadas ao turismo de ambas as capitais promoveram uma rodada de negócios com mais de 80 agências locais na sede da Embaixada do Brasil. A iniciativa despertou o interesse dos argentinos em obter informações sobre Minas Gerais e, em especial, Belo Horizonte.

A Semana de Belo Horizonte em Buenos Aires foi marcada pela arte e cultura. O grupo de dança contemporânea Primeiro Ato e o conjunto Bello Choro arrancaram aplausos da platéia. Apresentando o espetáculo “Quebra-Cabeças”, de clown e dança, o Primeiro Ato levou sua arte ao Centro Cultural Carlos Gardel e a duas escolas da rede pública municipal, democratizando a arte mineira entre os portenhos. As escolas escolhidas para as apresentações do grupo são as primeiras a ensinar o português em seu currículo formal, como um projeto piloto para o cumprimento da lei que determina a obrigatoriedade da disciplina, a partir de 2012, nas escolas secundárias de Buenos Aires.

Já o Conjunto Bello Choro tocou para uma platéia seleta em um dos templos do jazz argentino: o Café Notorius. Assim como o Primeiro Ato, o grupo de choro belo-horizontino se apresentou em quatro importantes espetáculos em Buenos Aires, um deles no luxuoso Palácio Pereda, residência oficial da Embaixada do Brasil.

Na programação artística da Semana de Belo Horizonte em Buenos Aires, os argentinos também puderam desfrutar de demonstrações da dança zouk ao som da “Aquarela do Brasil”, de Ari Barroso, executada pelo Bello Choro, e de um eclético repertório.