Depois de quatro anos sem vir a Belo Horizonte, o eterno rei da canção brasileira, Roberto Carlos, faz única apresentação, a partir das 21h30min deste sábado, dia 22, no Ginásio do Mineirinho, na Pampulha. Acompanhado de sua orquestra e coral, sob a regência do maestro Eduardo Lages, ele vai cantar para os mineiros e encantá-los com alguns dos grandes sucessos que marcaram sua quase cinqüentenária carreira artística. Ingressos de R$ 50,00 (arquibancada) a R$ 300,00 (Área Vip – Setor 1).
Entre os músicos que, mais tempo, acompanham e tocam com o “Rei”, destaque-se o trompetista Jorge Berto, mineiro de Guanhães, no Centro-nordeste do Estado. Jorge é filho do saudoso projetista de edificações, pintor e maestro, Laet Berto (professor de música e mestre de bateria deste modesto blogueiro, em seus tempos de fanfarra dos colégios guanhanenses, e que muito se orgulha disto), e irmão de Efrahim e Geraldo Berto, igualmente exímios instrumentistas também de sopro.
Com mais de 49 anos de carreira, Roberto Carlos (foto/Luiz Garrido) continua sendo “o artista número um do Brasil e, por extensão, de toda a América Latina". Ídolo da juventude e maior expoente da Jovem Guarda na década de 60, aos poucos, Roberto foi encontrando sua identidade na música romântica e, desde a década de 70, seus lançamentos vêm se mantendo em patamares superiores a milhões de cópias vendidas.
Com o relançamento em CD de toda a sua discografia no ano de 1993, esses números aumentam a cada ano. Segundo pesquisas recentes, ele é o primeiro e único artista latino-americano a vender mais discos que os Beatles, com mais de 80 milhões de cópias em todo o mundo. “Roberto Carlos nunca se apegou a modismos, traçou seu rumo e por ele segue, deixando um rastro de canções que falam de amor, solidariedade e confiança no amanhã”, elogia a crítica.
Entre os temas abordados em suas músicas, está a fé, que, desde “Jesus Cristo” (1970) marcou presença em sua discografia. No entanto, somente em 1999, foi lançado um CD contendo apenas faixas com este tema. O disco “Mensagens” tem 12 canções inesquecíveis do “Rei”. Além de “Jesus Cristo”, estão presentes neste álbum, outras que se destacaram em diferentes épocas, como “Fé” e “A Montanha”, gravadas na década de 70, e “Ele Está Pra Chegar”, “Aleluia” e “Estou Aqui”, dos anos 80. Em “Mensagens” foram incluídos também os sucessos mais recentes: “Nossa Senhora”, “Luz Divina”, “Quando Eu Quero Falar Com Deus”, “O Terço”, “Jesus Salvador” e “Coração de Jesus”.
A natureza foi outro tema importante abordado pelo cantor. Em 1976, muito antes de a ecologia entrar na ordem do dia de todos os povos, Roberto Carlos compôs “O Progresso”, um hino de preservação à natureza. Outros alertas em forma de canção se seguiram, tendo a caça predatória (às baleias), a exploração dos recursos naturais (Amazônia) e a poluição (no ano passado) entre os assuntos abordados.
Roberto Carlos é o primeiro e único artista em toda a história da música a gravar um disco por ano, durante toda a sua carreira. Na maioria desses anos, ele gravou um segundo disco em versão espanhol e, em outras oportunidades, em inglês, francês e italiano.
O repertório do show de Roberto Carlos, esta noite, em BH, é o seguinte: abertura, com “Emoções”, seguindo-se “Como é grande o meu amor por você”, “Além do horizonte”, “Detalhes” e “Outra vez”; poupurrit inênuo, com “Não quero ver você triste”, “Eu estou apaixonado”, “Aquele beijo”, “splish splash”, “Negro gato”, e “Coisa bonita”; o poupurri de carros terá “O calhambeque”, “Eu sou terrível”, “Taxista”, “As curvas da estrada de Santos”, “120... 150... 200 km por hora”, “Chuva no Párabrisa” (todas as manhãs), “Caminhoneiro”, “Por isso corro demais” e “Parei na contramão” (calhambeque inflável); da última parte do show, constam “Mulher de 40”, “Proposta”, “Regência” (de autoria de Eduardo Lages), “Cavalgada”, “É preciso saber viver” e, a última, “Jesus Cristo”.
Mais informações e vendas de ingressos pelos telefones (31) 3263-1250 e 3293-8667.
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