segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Cemig investe em pesquisas sobre peixes

Da AGÊNCIA MINAS

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) acaba de assinar, na sede da empresa, em Belo Horizonte, um convênio com a Universidade de Federal de Lavras (Ufla) para pesquisa sobre peixes. Até o final do mês, serão firmados mais três convênios com universidades mineiras, no valor total de R$ 8 milhões. Os estudos serão no âmbito do Programa Peixe Vivo, criado para a preservação da ictiofauna nas bacias hidrográficas em que a Cemig tem usinas.

A contratação da Ufla possibilita o estudo da variação na concentração de peixes durante o ano em trechos de rios mineiros, após quatro barragens de usinas da Cemig. O valor desse contrato é de R$ 1,8 milhão, para execução dos serviços num período de quatro anos.

A pesquisa será feita com o uso das técnicas mais modernas para marcação e monitoramento de peixes, além de procedimentos para avaliação do fluxo hidrológico. O objetivo é incrementar o conhecimento sobre o comportamento de espécies de peixes, principalmente migradoras, a jusante de usinas hidrelétricas promovendo a criação de estratégias de manejo e conservação mais eficientes.

O próximo convênio será assinado com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para estabelecer métodos de monitoramento a jusante de usinas hidrelétricas da Cemig, baseado na captura de peixes e que forneçam idéia das espécies mais freqüentes e abundantes, períodos de maior densidade e suas interações com variáveis ambientais.

A curto prazo, essas informações ajudarão a decidir sobre manobras nas usinas através de resposta imediata do monitoramento. A longo prazo, a formação de um banco de dados ajudará na previsão e programação das atividades para os períodos de maior segurança ambiental, minimizando o risco de acidentes envolvendo a ictiofauna no Estado.

Outro convênio com a UFMG prevê a avaliação da eficácia de repovoamento do curimbatá, a piapara e a piracanjuba nas represas de Nova Ponte e Volta Grande, no Triângulo Mineiro, usando marcadores físicos. O estudo também busca determinar um plano de manejo genético para o plantel de matrizes existentes na Estação de Piscicultura de Volta Grande.

O terceiro contrato será assinado com a UFMG, com a participação da Ufla e da PUC Minas. O objetivo do projeto será criar índices de integridade biótica, ferramenta de avaliação quantitativa que compreende atributos biológicos e físicos do ambiente para analisar seu estado de conservação, avaliar a qualidade ambiental e subsidiar a restauração de habitats em áreas de soltura de alevinos pela Cemig. Isso ocorrerá nas bacias hidrográficas dos lagos de Nova Ponte, São Simão, Emborcação e Volta Grande, no Triângulo Mineiro.

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