segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O impacto das catástrofes é tema de palestra em BH

Com o início do período chuvoso em outubro, a Sociedade de Tanatologia de Minas Gerais (Sotamig), Departamento científico da Associação Médica de Minas Gerais aproveita para oferecer à população de Belo Horizonte, uma palestra sobre “Ações da Defesa Civil – Redução de Riscos”. Com entrada franca, a conferência será nesta segunda-feira, dia 17, às 19h30min, na sede da AMMG (Av. João Pinheiro, 161 – Centro), com o coordenador Municipal de Defesa Civil de BH, coronel Valter de Souza Lucas.

Pessoas no mundo inteiro têm passado por catástrofes de ordens naturais das mais diversas. Nos Estados Unidos, são furacões e tufões; na Índia, enchentes de grandes proporções devastam comunidades inteiras; na China, terremotos provocam a destruição de cidades. No Brasil, algumas regiões são afetadas, seriamente, pela falta de chuvas, enquanto outras sofrem com os altos índices pluviométricos que provocam enchentes, inundações, deslizamentos de encostas e desabamentos de moradias. Eventos como estes, segundo especialistas, deixam marcas profundas em quem viveu de perto o problema.

De acordo com diagnóstico das áreas de risco feito por técnicos da PBH e da Companhia Urbanizadora da Capital mineira, em 1993, o número de moradias instaladas em áreas de risco geológico alto e muito alto era de 15 mil. Em 2004, em nova avaliação, caiu para 10.065 casas, com a diminuição gradativa do índice de acidentes com vítimas. Em 2008, estima-se que esse número seja de 6 mil residências, em áreas de risco alto e muito alto.

Apesar das estimativas concretizarem uma queda significativa, sobretudo graças ao trabalho da Defesa Civil e outros órgãos públicos na prevenção e amparo às comunidades que sofrem perdas materiais e humanas, não há motivo para grandes comemorações. “Ainda há muitas pessoas que estão vulneráveis à situação devido à pobreza extrema em que vivem. Junta-se a isso a falta de conhecimento e até mesmo de informações sobre os riscos previsíveis a que estão expostas ou que, às vezes, elas mesmo potencializam”, reforça o coronel Walter Lucas.

Segundo a psicóloga Maria Emídia de Melo Coelho, diretora da Sociedade de Tanatologia de Minas Gerais (Sotamig), os desastres causam grandes impactos, principalmente, em níveis social e psicológico. “Eles caracterizam-se por traumas de grandes proporções, com reações de estresse agudo, além de provocar um luto coletivo pelas perdas em massa”, explica.

Durante a palestra, o coordenador Municipal da Defesa Civil, Coronel Valter Lucas, vai explicar um pouco mais sobre o trabalho da instituição. “Trabalhamos, continuamente, com o objetivo de minimizar o risco de danos e agravos à saúde do ser humano e também buscamos preparar a sociedade para o enfrentamento na ocorrência de perdas materiais e humanas em desastres”, conclui.

Inscrições e mais informações – pelo telefone (31) 3247-1616, com Cristina.

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