Times mineiros reforçam campanha de combate à violência

Da AGÊNCIA MINAS

Rivais dentro das quatro linhas, Atlético e Cruzeiro estão juntos em prol de uma causa nobre: a campanha de combate à violência contra a mulher, iniciativa do Conselho Estadual da Mulher de Minas Gerais (CEM).

No clássico entre Cruzeiro x Flamengo, às 17h deste domingo, dia 23, em Belo Horizonte, representantes do Conselho e dos clubes vão entrar no gramado do Mineirão, com camisas e faixas destacando o slogan ”Não Violência, Direito da Mulher, Direito de Todos”. O mesmo vai ocorrer no próximo dia 30, no confronto entre Atlético x Santos. O placar eletrônico do estádio Magalhães Pinto também vai divulgar a mensagem. A iniciativa tem o apoio da Federação Mineira de Futebol (FMF).

Segundo a presidente do Conselho da Mulher, Carmen Rocha, o objetivo é mostrar aos torcedores a importância da campanha. “Na medida em que as torcidas, os clubes e os próprios jogadores abraçam essa causa, aumenta a possibilidade de dar certo e isso contribui, efetivamente, para a redução da violência contra a mulher”, disse.

As manifestações no Mineirão se integram às demais ações nacionais da “Campanha 16 Dias de Ativismo – 2008”, mobilização educativa e de massa, que visa a erradicação deste tipo de crime e a garantia dos direitos humanos.

Em todo o mundo, quatro datas-marco representam essa luta no período de realização da campanha: 25 de novembro a 10 de dezembro, daí a razão do nome “16 Dias de Ativismo”. São elas: 25 de novembro – Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres; 1º de dezembro – Dia mundial de combate à AIDS; 6 de dezembro – Massacre de Mulheres de Montreal; e 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. Além dessas quatro datas mundiais, no Brasil, foi incluído o Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro.

Criado em 24 de agosto de 1983, pelo então governador Tancredo Neves, o CEM é uma forma de atender aos anseios e reivindicações do movimento feminista e de mulheres em Minas. O Conselho foi reestruturado em 2007, com o fortalecimento do seu papel deliberativo e de controle social quanto à formulação e execução das políticas públicas. “Nesses 25 anos de criação, o CEM tem implementado ações na busca da ampliação da cidadania das mulheres, propondo, monitorando e avaliando as políticas públicas voltadas para a promoção desse segmento da população”.