sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Prefeitura de BH amplia ‘Multiplicadores do Parto Normal’

Da Ascom/PBH

O Movimento BH Pelo Parto Normal, da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, capacita, a partir desta sexta-feira, dia 24, cerca de 20 voluntários que vão atuar como “Multiplicadores do Parto Normal”. A capacitação vai até o próximo dia 31, das 14h às 18h, no auditório da Secretaria (Av. Afonso Pena, 2.336, Funcionários). Os voluntários serão treinados para divulgar as boas práticas assistenciais ao nascimento e incentivar a experiência do parto como uma vivência saudável, participando, por meio da colaboração, com propostas do Movimento, atuação no estande itinerante e realização de rodas de conversa com mulheres e gestantes.

Com a nova turma, o número de multiplicadores vai aumentar de 80 para cem. O médico ginecologista da PBH e técnico da Atenção à Saúde da Mulher, Luciano Freitas Souza, destaca a importância dos multiplicadores para difundir a campanha de defesa do parto normal. "É imprescindível a mãe estar bem informada, e saber que o parto natural permite que ela participe ativamente do nascimento de seu filho, se recupere mais rapidamente e possa estar mais ativa para os cuidados com a criança", explica.

Com o Movimento BH pelo Parto Normal, a Prefeitura de BH promove diversas ações de qualificação da assistência obstétrica e neonatal na cidade. Participam do Movimento, cerca de 30 entidades parceiras, comprometidas com a redução das taxas de cesariana, promoção do parto normal e da saúde materno-infantil.

Desde janeiro de 2005, a Capital mineira tem uma legislação específica que garante a presença de acompanhante para mulheres em trabalho de parto, parto e pós-parto nos hospitais públicos e conveniados ao SUS. Outra medida importante para a melhoria da assistência ao parto é o Projeto Doulas Comunitárias, que já conta com 100 voluntárias em atuação nas 100 maternidades do SUS-BH, incluindo o Hospital Sofia Feldman, que é referência nacional de humanização e parto cesariana.

No Brasil, as estatísticas revelam uma taxa de parto cesariana em torno de 40%, contrastando com a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de até 15 por cento. Em Belo Horizonte, essa taxa chegou a 48,5% em 2006, aumentando para 90%, considerando-se os partos feitos nos hospitais privados. Com o trabalho desenvolvido pela Comissão Perinatal da Secretaria Municipal de Saúde de BH, foi possível reduzir esses índices. Hoje, em cada 100 partos feitos na rede pública, menos de 40 são cesarianas.

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