Vítima de uma ação de policiais, denunciados por corrupção e que tentaram incriminá-lo como autor do assassinato de sua própria esposa, o jornalista José Cleves participa, às 19h30min desta terça-feira, dia 7, na Capital mineira, do Fórum de Debates “1ª Terça”, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais.
Em sentença definitiva, José Cleves acaba de ser absolvido por instância superior, no caso, o STJ, em Brasília. A absolvição pelo que foi chamado "armação policial" motivou, em meados do mês passado, até uma Audiência Pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais.
Logo mais, no Espaço Cultural do SJPMG, na Casa do Jornalista (Av. Álvares Cabral, 400), em Belo Horizonte, e baseados no "Caso José Cleves", os profissionais da Imprensa mineira vão debater a qualidade e a ética na apuração da notícia policial.
Jornalista há 32 anos, José Cleves da Silva (foto/Divulgação – SJPMG), de 58 anos de idade, é natural de São Miguel do Anta, na Zona da Mata mineira. Trabalhou nos jornais “Diário de Minas”, “Jornal de Minas”, “Estado de Minas”, “Correio Braziliense”, “Jornal de Brasília” e “Última Hora”, sempre se destacando com reportagens investigativas e de profundidade. É autor do livro “Distrito Zero”, em que narra a execução de seu colega do “Correio Braziliense”, Mário Eugênio, em 1984, por policiais civis e militares do Exército, acusados de envolvimento com o Esquadrão da Morte, em Brasília. Várias vezes finalista do Prêmio Esso de Jornalismo, com denúncias de corrupção no meio policial, "Zé Cleves" foi transformado pela polícia, de vítima de um assalto, que resultou na morte de sua mulher, em dezembro de 2000, em autor do crime, no que é considerado um "flagrante atentado contra a liberdade de imprensa”. Cleves provou a sua inocência e, hoje, dedica parte de seu tempo a estudos e reflexões sobre a importância do jornalismo crítico na defesa do interesse público.
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