sábado, 18 de outubro de 2008

MG tem o 'melhor setembro' em emprego formal

Da AGÊNCIA MINAS

A criação de empregos formais em Minas Gerais atingiu a maior marca para um mês de setembro, desde o começo, no ano 2000, dos levantamentos mensais feitos a partir do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O Estado registrou saldo positivo de 12.040 vagas, conforme pesquisa que acaba de ser divulgada pelo órgão. Os melhores resultados anteriores eram dos meses de setembro de 2003 e de 2007, quando Minas ficou, em ambos, na casa dos 2,2 mil empregos. Entre as cidades mineiras que, proporcionalmente, mais criaram emprego, estão Congonhas, Lagoa da Prata e Matozinhos.

Os 12.040 empregos criados em setembro significaram expansão de 0,35% em relação ao total de postos existente em Minas até o mês anterior. Os destaques foram a indústria calçadista, com crescimento de 4,19%, seguida por comércio e administração de imóveis (3,54%), indústria mecânica (2,16%) e construção civil (2,15%). A indústria de material elétrico e comunicação se manteve praticamente estável, com leve retração de 0,03 por cento. O resultado negativo do mês ficou por conta da agricultura/silvicultura, com queda de 6,96 por cento.

Em números absolutos, os destaques foram para comércio e administração de imóveis, com 10.546 novos empregados, seguido por construção civil, com 5.921 postos, comércio varejista, com 5.898, e o segmento que congrega alojamento e alimentação e reparos e manutenção, que criou 2.140 empregos.

No acumulado do ano, Minas Gerais também apresenta resultado histórico. Nunca antes o saldo somado dos três primeiros semestres havia chegado a 282.143. O valor representa um crescimento de 9,05% em relação ao total de vagas existentes no Estado, no fechamento de 2007. No período, a agricultura registrou crescimento de 23,32%, seguido dos bons desempenhos do setor calçadista (21,19%) e construção civil (20,92%). Outros setores que acumularam altas de mais de dois dígitos são produção de alimentos e bebidas, comércio e administração de imóveis, material de transporte e administração pública. Minas não registra saldo negativo em nenhum segmento avaliado.

Belo Horizonte voltou a liderar a criação de empregos em números absolutos, com 16.843 postos. A Capital mineira foi seguida por Ipatinga (1.826), Uberlândia (1.612), Contagem (1.470), Betim (954), Juiz de Fora (850), Nova Serrana (781), Uberaba (654), Divinópolis (558) e Lagoa da Prata (477). A Região Metropolitana de Belo Horizonte registrou a criação de 21.388 empregos no mês passado.

Congonhas, no Campo das Vertentes, foi a cidade que mais cresceu, proporcionalmente, em número de empregos formais, no mês de setembro. O município apresentou expansão de 5,17% no volume de postos de trabalho. O resultado foi puxado especialmente pela construção civil, que cresceu 12,43%. Seguindo tendência contrária à do Estado, o setor agropecuário teve aumento de 3,9% no total de carteiras assinadas.

Lagoa da Prata, no Centro-Oeste mineiro, foi a segunda mais bem colocada no ranking mineiro. O crescimento foi de 4,5%, puxado pela indústria de transformação (8,3%). Matozinhos, na região Central, ficou em terceiro, com crescimento de 3,79%, causado pelas expansões nos setores de serviços (6,87%), indústria (3,51%), comércio (3,47%) e construção civil (3,37%). Completam a lista, Nova Serrana (3,55%), Ipatinga (2,96%), Andradas (2,87%), Paracatu (2,25%), Mariana (2,16%), João Monlevade (2,13%) e Belo Horizonte (2,01%).

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