quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Mineiros ainda são vacinados contra a rubéola

Da AGÊNCIA MINAS

As localidades que ainda não atingiram a meta de cobertura na vacinação contra a rubéola devem permanecer vacinando a população. A orientação é da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG). O objetivo da campanha é vacinar 95% das pessoas, entre 12 e 39 anos de idade. Minas já alcançou 91,14 por cento. A relação dos índices registrados pelos municípios está disponível para consulta no site do Programa Nacional de Imunizações (HTTP://pni.datasus.gov.br).

“A Campanha de Vacinação contra Rubéola só se encerrará quando todos os municípios atingirem a meta mínima de cobertura vacinal. Recebemos esta determinação do Ministério da Saúde e já repassamos às secretarias municipais de saúde”, explicou a gerente de Vigilância Epidemiológica, Jandira Lemos.

Apesar de abaixo da meta, os números também são comemorados, já que alguns municípios ainda não atualizaram os dados finais. Esse percentual mostra que com a montagem de diversos postos volantes, divulgação das informações e participação de pessoas públicas surtiu o efeito esperado.

Até o último fim de semana, 468 municípios do Estado (54,87%) já haviam alcançado o índice estipulado. “Neste momento, essas cidades devem iniciar o Monitoramento Rápido de Cobertura (MRC) de supervisão para comprovarem a cobertura vacinal e, assim, conseguirem o certificado do processo de erradicação”, declarou a gerente.

No Brasil, a cobertura, até então, é de 88,01 por cento. Nenhum dos Estados da federação atingiu, por enquanto, a meta de 95 por cento. Minas apresenta o oitavo melhor resultado. “Cabe ressaltar que a população do Estado, na faixa etária da campanha, é de 9.309.954. Entre aqueles com os melhores índices, a maior parcela da população está no Maranhão, com pouco mais de 3 milhões de pessoas”, comparou a gerente de saúde de Minas.

Jandira Lemos, ainda ressaltou que devemos nos manter vigilantes. ”Estamos muito próximos de conseguir o objetivo maior que é eliminar a rubéola, e, conseqüentemente, a síndrome da rubéola congênita; para isso, o trabalho posterior à campanha é fundamental. Identificados os locais onde a cobertura foi mais baixa, é possível vacinar essas pessoas. Aproveito para lembrar a quem não se vacinou, que a vacina continua disponível nos postos de saúde de Minas”, afirmou.

Para quem atingiu a meta, o próximo passo é o Monitoramento Rápido de Cobertura (MRC), ferramenta que será utilizada para verificar se determinada região está ou não com a cobertura compatível em relação aos índices registrados. “É uma estratégia de supervisão local, e vai dirigir as ações complementares à campanha. Depois de definidos os locais para o levantamento dos dados, serão visitados os domicílios e entrevistadas as pessoas de 12 a 39 anos de idade, que residem nesses domicílios e que estejam presentes no momento da entrevista ou deixaram seu cartão de vacinação”, explicou Jandira Lemos.

A população não vacinada responderá a algumas perguntas para uma melhor compreensão da situação. Esse grupo de pessoas determinará se sua não vacinação ocorreu em decorrência da falta de visitas das equipes de vacinação ou ausência no momento da visita, falta de tempo, falta de conhecimento a respeito da imunização, recusa por diversas razões, indicação médica, perda do cartão de vacinação ou outros motivos.

Uma avaliação do processo após a campanha é fundamental para a tomada de decisões. Com as taxas de cobertura em mãos, uma revisão sobre o cumprimento ou não da programação será feita. “O MRC possibilita adotar medidas para vacinar aqueles que não foram imunizados, mesmo em áreas que tenham atingido a cobertura”, finalizou Jandira Lemos.

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