terça-feira, 9 de setembro de 2008

Propriedades mineiras de café e cachaça ganham auditorias

Da AGÊNCIA MINAS

Desde ontem, dia 8, propriedades produtoras de café e cachaça candidatas à obtenção do selo de certificação, estão sendo auditadas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Até o dia 22 deste mês, 270 propriedades produtoras de café, que, em sua maioria, se concentra nas regiões da Zona da Mata e no Sul de Minas, vão receber 30 técnicos divididos em equipes.

As auditorias fazem parte de uma das etapas do Programa de Certificação. A inscrição, a assistência técnica e as orientações para adequação das propriedades são feitas, gratuitamente, pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater), parceira do IMA no Programa. Na fase de adequação, o produtor recebe orientação e executa trabalhos para que a propriedade atenda à legislação trabalhista, ambiental e de boas práticas de produção.

Posteriormente, o IMA fará as auditorias de conformidade nas propriedades habilitadas pela Emater. Se aprovado, o produtor será auditado pela IMO Control do Brasil, certificadora internacional, que concederá a certificação às propriedades candidatas ao selo.

Atualmente, há cerca de 380 propriedades habilitadas à certificação, e outras 360 estão sendo preparadas ao longo deste ano e do ano que vem. No mês de outubro, estão previstas 110 auditorias. Apesar de o programa ser aberto para todo tipo de produtor, o público maior de solicitantes à qualificação é de pequeno e médio portes.

No mesmo período dessas auditorias em propriedades produtoras de café, iniciam-se as vistorias em propriedades requerentes à certificação da cachaça artesanal de alambique. Serão vistoriadas, no total, 112 propriedades. Desde janeiro, oito cachaçarias já obtiveram o selo de certificação.

O programa de certificação é voltado exclusivamente para produtores de cachaça de alambique – aquela produzida, artesanalmente, em alambiques de cobre –, obtida pela destilação do mosto fermentado do caldo da cana-de-açúcar. A participação no programa independe da capacidade produtiva.

Para iniciar o processo, o produtor deve se dirigir a qualquer unidade do IMA e fazer o pedido de certificação da cachaça, apresentando os documentos necessários. Após a entrega dos deste e da assinatura do contrato, o produtor será registrado no Instituto, sendo de sua responsabilidade o pagamento da taxa referente a esse serviço.

Depois de registrar a propriedade, o IMA agenda uma auditoria inicial quando são checados equipamentos, processos e controles utilizados, procedimentos de higiene e sanitização, capacidade operacional e regularização perante os organismos de controle da produção. O auditor do IMA coleta também, amostras do produto e da água utilizada no sistema produtivo e define o tipo de análise a ser realizada.

Caso seja necessário sanar aspectos insuficientes, o produtor será orientado a implantar as medidas corretivas. Após providenciar as adequações, é feita uma nova auditoria. Só depois “Certificado de Processo: Cachaça Artesanal de Alambique” ou o “Certificado de Processo: Cachaça Artesanal de Alambique Orgânica” será emitido pelo IMA, concluindo o processo.

O Governo de Minas costuma incentivar a certificação dos produtos mineiros. É que, além de valorizar o seu produto e ter garantia de boa procedência, o produtor qualificado expande seu mercado, fomentando o agronegócio mineiro.

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