quinta-feira, 31 de julho de 2008

Taxa de desemprego na RMBH é a menor do Brasil

Da AGÊNCIA MINAS

A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte registrou 9,9% da População Economicamente Ativa (PEA), em junho de 2008, o menor índice em 12 anos. Pela primeira vez, desde 1996, a taxa ficou abaixo de dois dígitos, recuando 7,5%, em relação a maio, quando registrou 10,7 por cento. Com essa queda, o número de desempregados diminuiu para 257 mil pessoas em junho - também o menor da série -, 19 mil a menos que em maio, que foi de 276 mil pessoas. A PEA foi estimada em 2,592 milhões de pessoas e o número de ocupados em 2,335 milhões. O tempo médio de procura por trabalho diminuiu de 47 para 46 semanas em junho.

Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego na RMBH que é encomendada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas (Sedese) e elaborada, mensalmente, por técnicos da Fundação João Pinheiro (FJP) e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esse resultado, segundo Plínio de Campos Souza, da FJP, “refletiu o comportamento da taxa de desemprego aberto, que diminuiu de 8,2% para 7,6%, e do desemprego oculto, que recuou de 2,5% para 2,3 por cento”.

Plínio Campos explicou que a queda de 19 mil pessoas no contingente de desempregados é muito significativa para o mercado de trabalho da RMBH. “Essa queda foi possível porque a economia tem tido um crescimento bom nos últimos anos, de cerca de 5%, além do crédito aquecido, o que tem contribuído para esse bom desempenho. Isso também tem possibilitado à RMBH ter o menor índice de desemprego entre a regiões pesquisadas”.

A taxa de desemprego na Grande BH, foi, mais uma vez, a menor entre as regiões onde a pesquisa é feita. Além de ficar pela primeira vez abaixo de 10%, é a mais baixa da série, que se iniciou em 1996. “Para se ter uma idéia, a taxa que mais se aproxima da RMBH é a de Porto Alegre, que registrou 11,9 por cento. Em seguida vem São Paulo com 13,9%, Distrito Federal com 16,9%, e Salvador e Recife empatadas em 20,6 por cento”, explicou Plínio Campos. “A média das seis regiões ficou em 14,6 por cento”, constatou o pesquisador mineiro. Para ele, “o setor que se destacou na ocupação foi a Construção Civil, que cresceu 3,8% em relação a maio, criando 6 mil vagas, e 11,6% em relação a junho de 2007, criando 17 mil vagas. Plínio Campos explicou que esse desempenho positivo da construção civil indica continuidade na tendência já detectada pela pesquisa desde 2007. Em relação a maio de 2008 as vagas nos serviços cresceram 1,3%, 16 mil a mais, e permaneceram estáveis na indústria e no comércio e subiram 3,8% no denominado “outros setores”, com 7 mil vagas a mais”.

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