domingo, 6 de julho de 2008

Mercado de trabalho se expande em Minas Gerais

Da AGÊNCIA MINAS

O mercado de trabalho em Minas Gerais cresceu de 2000 a 2006, em especial de 2003 a 2006, período em que a taxa de desemprego recuou de 9% para 7,7%, com queda anual de 5,1%, em média. Essa é a conclusão do Mapa do Mercado de Trabalho: estrutura e evolução da ocupação formal em Minas Gerais, pesquisa inédita no País, organizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas (Sedese), em parceria com a Fundação João Pinheiro (FJP) e divulgada nesta semana. O diagnóstico, que faz o levantamento das informações entre os anos de 2000 e 2006, mostra que, de 2003 a 2006, o mercado formal de trabalho em Minas Gerais cresceu 19,3%, uma média anual de 6,1 por cento.

Esse dado indica que, de 2003 a 2006, 606.017 trabalhadores foram inseridos no mercado formal de trabalho, possibilitando a garantia de todos os direitos trabalhistas. O setor de maior crescimento nessa época foi a construção civil, com 45,2% de aumento de ocupações, seguido pela indústria (27,9%) e comércio (23,3%). O crescimento de ocupações registrado nesse período foi muito superior ao crescimento da População Economicamente Ativa (PEA) permitindo que a taxa de desemprego caísse.

“O diagnóstico mostra que Minas cresce mais que a média nacional também na geração de empregos formais, os salários e empregos aumentam em decorrência dos investimentos no Estado e, em conseqüência, colaboramos para a diminuição das desigualdades entre as regiões. Isso prova que mais que pensando por todos os cidadãos, as autoridades mineiras estão agindo em prol de um Estado mais igualitário e democrático em suas oportunidades” avaliou o subsecretário de Trabalho, Emprego e Renda da Sedese, Antônio Amabile.

Segundo um dos responsáveis pelo estudo, Danilo Gomes, da FJP, seis microrregiões obtiveram crescimento mais de duas vezes maior do que a média do Estado. “Pedra Azul cresceu 10,4% e Janaúba 10,8%, esta devido ao abate de animais e construção. Capelinha subiu 10,8% e Mantena 10,8% por conta do aumento da administração pública e da criação de gado bovino. Grão Mogol cresceu 11,6% e Salinas 12,4%, esta região, pelo bom desempenho de sua administração pública e produção florestal.” Do total das microrregiões, 46 cresceram acima da média, puxadas, principalmente, pelo desempenho dos municípios-pólo. Na distribuição pelos cinco grandes setores da economia, houve crescimento médio do comércio de 6,4%, da construção civil (5,6%), e da indústria (5,4%). O setor de serviços cresceu 4,4% e o agropecuário 3,1% em média.

O mapa traz, ainda, dados relativos aos salários contratuais médios do pessoal ocupado de Minas. O crescimento anual do rendimento foi de, em média, 4,5%, entre os anos de 2003 e 2006. As microrregiões de Belo Horizonte e Ipatinga se destacam com os maiores salários: R$ 1.338 e R$ 1.078, respectivamente. Ouro Preto, Conselheiro Lafaiete, Uberaba, Uberlândia e Itabira também alcançaram valores elevados, superando R$ 900,00.

Um novo estudo já está sendo providenciado, com a atualização dos dados, destacando o período de 2007-2008. “A expectativa é que as informações sejam ainda mais positivas e que possamos comprovar que nossas políticas estão contribuindo para a qualificação e a efetiva inserção do trabalhador no mercado”, prevê o subsecretário Antônio Amabile.

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