quinta-feira, 10 de julho de 2008

Autoridades mineiras discutem transporte na RMBH

Da AGÊNCIA MINAS

O Conselho Deliberativo da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) reuniu-se, esta semana, com o objetivo de encontrar solução para o transporte metropolitano. Foram apresentadas duas propostas: a primeira, elaborada pelo Departamento de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), cria outro Anel Viário, e a segunda, do Colegiado Metropolitano, representada por José Abílio Pereira, busca desoprimir o trânsito na Capital do estado.

De acordo com o superintendente Regional do DNIT em Minas, engenheiro Carlos Rogério Caldeira de Lima, o novo Anel terá 65 quilômetros de extensão e irá consolidar o transporte na BR 381, que liga o Vale do Aço ao sudeste brasileiro.

Segundo o superintendente, a obra não tem na sua concepção a finalidade de substituir o Anel Viário atual, mas desviar o tráfego pesado de longa distância de Belo Horizonte: “No âmbito regional, o Anel Viário de Contorno Norte da RMBH será um importante corredor de integração e desenvolvimento dos municípios da região metropolitana, principalmente aqueles diretamente afetados por ele, tais como as cidades de Belo Horizonte, Betim, Contagem, Ribeirão das Neves, São José da Lapa, Pedro Leopoldo, Vespasiano, Santa Luzia e Sabará”.

O Anel foi desenvolvido para atender o padrão de Rodovia Classe I-A (duas faixas de tráfego de 3,5m, faixa de segurança e canteiro central de 21m de largura – prevendo facilitar a operação de expansão). Carlos Rogério informou que a sua implementação está prevista para o início de 2009.

Quando questionado pela secretária-adjunta da Sedru, Maria Coeli Simões Pires, sobre o papel do governo estadual, Carlos Rogério esclareceu que os recursos são oriundos do PAC, mas que a obra deve ser executada mediante parceria efetiva dos três poderes: “Confesso que o empreendimento começou com um ideal pessoal... agora é que ele tomou forma governamental. Somos favoráveis a agir de maneira integrada – município, Estado e federação”. Maria Coeli aproveitou para destacar a postura democrática do Governo de Minas, que vem discutindo com a sociedade organizada e os municípios integrantes da região metropolitana toda e qualquer proposta destinada à RMBH.

A segunda proposta levada à reunião do Conselho partiu do representante do Colegiado Metropolitano, José Abílio Pereira, e trata do “desafogamento das áreas centrais da Capital”.

A idéia é criar uma “rede territorial com centros lineares desenhados como superposição e integração dos sistemas viários”. Segundo José Abílio, “é possível usar a malha ferroviária para interligar pontos-chave que serão completados com ônibus e estações de transportes específicas. A medida, ainda segundo ele, irá aliviar o trânsito do centro de Belo Horizonte e dos principais corredores de acesso à Capital mineira”.

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