quarta-feira, 23 de julho de 2008

‘Quarta Erudita’ da FCS recebe violonista espanhol



O violonista espanhol Miguel Trápaga é a atração do Projeto Quarta Erudita, da Fundação Clóvis Salgado, nesta quarta-feira, 23 de julho. Trápaga vai fazer uma homenagem especial àquele que é considerado o pai do violão erudito moderno, Andrés Segovia. O concerto será às 19h30min, na Sala Juvenal Dias, do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e os ingressos custam R$ 5,00 e R$ 2,50 (meia entrada de acordo com a lei).

O homenageado da noite, Andrés Segovia, nasceu na Espanha em 1893. Autodidata, desenvolveu uma técnica própria de tocar o violão que influenciou diversas gerações de artistas, como John Weilliams, Eliot Fisk, Oscar Ghiglia, Carlie Byrd, Christopher Parkening, Michael Lorimer, Michael Chapdelaine, Virgínia Luque e Alírio Diaz. Um das maiores contribuições de Segovia para a música foi o ressurgimento, no século XX, da guitarra como instrumento de concerto, chegando a receber obras de grandes compositores, como Turina, Villa-Lobos, Castelnuovo-Tedesco e Pedrell, escritas especialmente para o violonista.

Um dos primeiros participantes do chamado “guitarrísimo”, em 2007, Miguel Trápaga (foto/Frederico Baixeiras) traz para o Palácio das Artes um programa consistente, baseado em composições que tradicionalmente integram o repertório dos recitais de violão. Entre as transcrições e peças originais para violão, merecem destaque as “Variações e Fuga sobre um tema de Händel”, escritas pelo compositor, orquestrador e pianista inglês Albert Harris, e a “Cavatina”, suíte de peças para violão do polonês Alexandre Tansman.

Trápaga estudou nos conservatórios Ataúlfo Argenta, de Santander, e no Real Conservatorio Superior de Música de Madri, com Javier Canduela e Demetrio Ballesteros, respectivamente. O músico foi discípulo de José Tomás, Miguel Ángel Girollet, Manuel Estévez, José Luis Rodrigo, David Russell, Leo Brouwer e, especialmente, de Gerardo Arriaga. Na discografia de Trápaga há diversos títulos, sendo o mais recente a gravação, com o violinista Alexander Detisov, de obras para violino e violão, de Mauro Giuliani. Atuou como solista e camerista em diversos lugares pela Europa, Estados Unidos, América do Sul, Canadá, e, atualmente, é professor do Real Conservatório Superior de Música de Madri.

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