No ‘Dia de Minas’, Capital se transfere para Mariana

Da AGÊNCIA MINAS

O governo Aécio Neves participa, nesta quarta-feira, dia 16, às 11h, da cerimônia oficial do Dia do Estado de Minas Gerais. Durante o evento, na Praça Minas Gerais, a Capital mineira será transferida, simbolicamente, para Mariana, primeira cidade e primeira Capital de Minas.

Na oportunidade, será feita a solene entrega da Medalha Comemorativa do Dia de Minas Gerais – instituída em 1980, por decreto municipal – a 47 personalidades e instituições. O orador oficial será o presidente do Senado, Garibaldi Alves. Um dos homenageados com a comenda, Dom Duarte de Orleans e Bragança, o “Duque de Bragança”, presenteará o município de Mariana com um quadro, do século XIX, de Dona Maria Ana Josefa de Áustria, esposa de Dom João V, e cujo nome deu origem ao nome da cidade.

O projeto que instituiu o Dia de Minas foi apresentado em 1977 pelo atual vice-prefeito de Mariana, Roque Camêllo (PSDB). Em 19 de outubro de 1979, o então governador Francelino Pereira sancionou a Lei 7.561, instituindo o Dia do Estado de Minas Gerais em 16 de julho, data do aniversário de Mariana. Em 1989, Roque Camêllo propôs à Constituinte Mineira que o dia 16 de Julho fosse declarado “Data Cívica do Estado”, denominando “Semana de Minas” aquela em que recaísse o 16 de julho, com celebrações cívicas em todo o território mineiro.

Em 16 de julho de 1696, bandeirantes paulistas encontraram ouro no ribeirão Nossa Senhora do Carmo. Às suas margens, nasceu o arraial de Nossa Senhora do Carmo, que logo se transformou em um dos principais fornecedores desse minério para Portugal e, pouco tempo depois, tornou-se a primeira vila criada na então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Lá foi estabelecida também a primeira Capital.

Em 1745, por ordem do rei D. João V, a região foi elevada à cidade e nomeada Mariana – uma homenagem à rainha Maria Ana D’Austria, sua esposa. Transformando-se no centro religioso do Estado, nessa mesma época, a cidade passou a ser sede do primeiro bispado mineiro. Atualmente, Mariana guarda relíquias e casarios coloniais que contam parte da história do Brasil. A cidade, integrante da Trilha dos Inconfidentes e do Circuito Estrada Real, foi tombada em 1945, como Monumento Nacional.