sexta-feira, 24 de abril de 2009

Musical em BH homenageia os 100 anos da ‘pequena notável’



Em comemoração ao centenário de uma das mais renomadas cantoras da música brasileira, o Grande Teatro do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, recebe, em única apresentação, às 20h30min desta sexta-feira, dia 24, o show “Alô... Alô? Cem anos de Carmen Miranda”. No repertório, clássicos da cantora, do início da carreira até a projeção internacional conquistada em Hollywood e Broadway. Do ritmo carnavalesco ao junino, sucessos brasileiros darão um gostinho de nostalgia ao show, com composições de Ary Barroso e Assis Valente.

A homenagem tem direção artística e musical de Luís Filipe de Lima, por sinal, tocando violão, e participação de músicos de primeira linha, como Roberta Sá (foto/Divulgação), Pedro Luís, Marcos Sacramento e Beatriz Faria. A banda é formada por Eduardo Naves (sax e flauta), João Callado (cavaquinho), Paulinho Dias e Fábio Cazes (percussão). Durante o show serão apresentados depoimentos em vídeo de Ruy Castro - um dos mais conceituados biógrafos do País – sobre a vida da artista.

Ícone da música nacional e internacional, Carmen Miranda foi a primeira artista de reconhecimento brasileiro com destaque mundial. Dona de um estilo único e particular, principalmente pela performance em palco e sua maneira peculiar de cantar, a artista foi também uma grande estrela do rádio, do disco e do cinema. Adorada pelo público e respeitada pelos colegas, ainda é recordista em gravações, vendas, cachês e salário. De acordo com Ruy Castro, não há exageros nas afirmações em relação à artista. “Na verdade, elas não refletem nem sombra do que Carmen Miranda realmente significou nos anos 1940 e 1950. O Brasil nunca compreendeu a dimensão de sua lenda e nem sempre soube aceitar seu sucesso americano.”

Ao completar 30 anos, Carmen recebeu convite para fazer carreira em Nova Iorque. E, sem hesitação, decidiu recomeçar em um dos mercados mais disputados do mundo. Já na noite de estreia, em uma revista musical da Broadway, ela se tornou um grande nome em terras americanas. Em questão de semanas, rádios, nightclubs, capas de revistas, anúncios de publicidade e até vitrines de grandes lojas aclamavam-na “a Brazilian Bombshel”l.

“Adotei o Brasil (ou ele me adotou) como País de estimação e afinidades e também gosto muito dos States, onde fui realmente consagrada, embora estrangeira. Sinto muito dizer, mas Portugal nada me significa, apesar do amor pelo meu País.” Foi o que disse Carmen Miranda à amiga e jornalista, Dulce Damasceno de Brito.

A iniciativa do show/homenagem é uma iniciativa do Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante, que, nascido como Circuito Cultural, completa agora, em 2009, 10 anos de atividades para um público de mais de 420 mil pessoas em 33 cidades. O Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante é único e referência nacional em razão de seu formato, que permite grande abrangência geográfica, e de seus atributos como brasilidade, diversidade, inovação e qualidade.

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