terça-feira, 17 de junho de 2008

Toninho Horta e ‘Orquestra Fantasma’ no Teatro Sesiminas



Nesta terça-feira, dia 17, às 21h, o músico Toninho Horta (foto/Manuel Horta), um dos mais importantes guitarristas do Brasil, e a lendária “Orquestra Fantasma” sobem ao palco do Teatro Sesiminas (rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia), em Belo Horizonte, para mais um espetáculo de ritmo, fraseados, melodias e harmonias. Acompanhado pelos músicos da formação original da Orquestra Fantasma – Lena Horta (flautas), André Dequech (teclados), Yuri Popoff (baixo) e Esdra “Neném” Ferreira (bateria –, Toninho volta a brindar os seus conterrâneos mineiros com sua música misteriosa, rica, etérea, mineira – portanto, universal – e infinitamente criativa. Esse encontro, com censura livre, reacente uma das mais gratas parcerias da Música Popular Brasileira.

No repertório, cerca de 20 músicas, dentre elas, as inéditas “Dobrado”, “Ilha terceira” e “Canção da Juventude”, “Vôo dos urubus” e “Céu de Brasília”, co-assinada por Fernando Brant, ambas gravadas no disco “Terra dos Pássaros”, os clássicos instrumentais “Foot on the road” e “Minas Train/Trenzinho do caipira”, as canções “Waiting for Angela”, “Pilar”, “Liana” e “Manuel o audaz/Pras crianças”, regravadas em vários estilos e por grandes músicos pelo Brasil e mundo afora, e o “rap” “Tecno Burger”. Também participam do show, o guitarrista, filho de Toninho, Manuel Horta; o violinista austríaco, Rudi Berger; e as cantoras Carla Villar (que acaba de lançar um CD só com canções de Toninho Horta) e Bianca Luar, além do “rapper” Renegado.

A “Orquestra Fantasma” nasceu em Los Angeles, Estados Unidos. Quando o compositor, cantor e instrumentista, Toninho Horta, estava gravando seu meu primeiro disco, em 1976, o “Terra dos Pássaros”, um dos seus grandes sonhos era colocar no trabalho, “uma orquestra de verdade, com cordas, madeiras, metais e tudo o que se tem direito”. No entanto, naquele, que era um dos primeiros álbuns independentes do Brasil, lançado em março de 1980, a realidade impunha, por conta da falta de recursos, uma orquestra fantasma. Na ocasião, o tecladista Hugo Fattoruso e Toninho começaram a imitar trompas, violinos e cellos, com o teclado mini-moog e a guitarra com pedal de wa.

Em 1981, após dois discos lançados pela EMI (antiga Odeon), Toninho conta que reuniu, em Belo Horizonte, os melhores músicos de sua geração. Formava-se, com Lena, André, Yuri e Esdra, a banda que já o acompanha há 25 anos. “Minha liderança sobre a Orquestra Fantasma é apenas figurativa, pois os outros maestros da banda tocam seus instrumentos de forma inusitada, pessoal e divina.” Assim, “em tom de legítima generosidade e companheirismo, Toninho e seus amigos fazem bonito em cada lugar do mundo por onde passam”, observam os críticos. “Em Belo Horizonte, quem sabe, ainda mais”, apostam.

Nenhum comentário: