segunda-feira, 9 de junho de 2008

Indústria mineira cresce acima da média nacional

Da AGÊNCIA MINAS

A produção industrial de Minas Gerais apresentou um crescimento de 7,2% no primeiro quadrimestre do ano, e registrou, no acumulado de 12 meses, uma expansão de 8,7% contra 7,0% da média brasileira, confirmando o processo de sustentabilidade da economia mineira. A informação foi divulgada, nesta semana, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em sua pesquisa regional mensal. Segundo o IBGE, também em abril, Minas apresentou resultado positivo de 0,4%, acima da média nacional, que ficou em 0,2 por cento.

Na comparação com abril de 2007, a indústria mineira cresceu 6,9%, resultado abaixo da média nacional (10,1%). Neste indicador mensal, observa-se desempenho positivo tanto na indústria extrativa (2,6%) como na de transformação (7,7%). Nesta última, seis dos 12 segmentos pesquisados assinalaram expansão, onde o destaque foi de veículos automotores (29,7%).

Vale citar também os impactos positivos sobre a média global vindos de minerais não-metálicos (15,8%), alimentos (6,3%) e metalurgia básica (3,9%). Nestes ramos, sobressaíram, principalmente, os itens cimentos e tijolos, placas e ladrilhos; biscoitos e bolachas e lingotes, blocos e tarugos ou placas de aço. Por outro lado, o resultado atípico vindo da indústria de celulose e papel (-24,3%), influenciado por uma paralisação técnica em grande empresa do setor, e a redução de 7,4% em outros produtos químicos impediram um índice global mais elevado.

Na análise dos índices por quadrimestre, que mostrava trajetória ascendente do segundo quadrimestre de 2006 (3,4%) até o segundo de 2007 (10,5%), o setor industrial mineiro perdeu fôlego, assinalando 8,5% no último quadrimestre de 2007 até chegar a 7,2% no primeiro quadrimestre de 2008.

Nos quatro primeiros meses do ano, em relação a igual período de 2007, a indústria mineira assinalou expansão em nove dos treze ramos pesquisados. A boa performance dos itens veículos automotores (23,9%) e setor extrativo (9,3%) foi determinante para o índice global. Também cabe mencionar o comportamento positivo em refino de petróleo e produção de álcool (12,2%) e em minerais não-metálicos (9,5%). Nestes setores, sobressaem, principalmente, maiores taxas de óleo diesel, gasolina, cimento e tijolos.

Por outro lado, as maiores contribuições negativas vieram dos setores têxtil (-5,3%) e fumo (-7,0%) influenciados, em grande parte, pela redução na produção de tecidos de algodão e cigarros.

Ao avaliar a estatística, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas, Raphael Guimarães Andrade, lembrou que o setor industrial mineiro vem sustentando resultados positivos há 23 trimestres. Ele anunciou que o Governo de Minas continuará trabalhando para facilitar e incentivar a vida do setor produtivo, a fim de manter o bom ritmo de crescimento industrial.

Segundo o secretário, as perspectivas são bastante favoráveis já que os investidores continuam fazendo opção pela instalação de seus negócios em Minas, conforme mostra a carteira do Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi). Os investimentos públicos e privados anunciados para o Estado, para o período 2003 a 2010, nas três esferas de governo, totalizam R$ 168,6 bilhões, predominando os setores siderúrgico e de mineração.

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