Em BH, Dona Jandira faz show no Ofício da Música

Alagoana que, aos 66 anos de idade, se tornou a sensação dos bares de Belo Horizonte, Dona Jandira é a convidada do “Ofício da Música” desta terça-feira, de 10, no Museu de Artes de Ofícios, em Belo Horizonte. A cantora e violonista (foto/Silvana Franco) se apresenta ao lado de José Dias (baixo), Aloysio Ribeiro (percussão) e Branco (violão e cavaquinho), a partir das 19h30min, na Praça da Estação, no Centro da Capital mineira.

A entrada é gratuita, sujeita à lotação do espaço (200 pessoas). Os ingressos serão distribuídos meia hora antes do show.
No repertório, músicas de Lupicínio Rodrigues (“Nunca”), Ataulfo Alves (“Leva meu samba”, “Mulata assanhada” e “Batucada de samba”), Ari Barroso (“Na baixa do sapateiro”), Noel Rosa (“Feitiço da Vila”), Dona Ivone Lara (“Alguém me avisou”) e outros grandes nomes da MPB ganham um brilho especial com sua bela voz e sua alegria contagiantes.

Assim como Dona Ivone Lara e Tia Surica da Portela, o talento de Dona Jandira foi revelado ao público já na maturidade. Em 2004, ao se inscrever na Ordem dos Músicos para cantar profissionalmente em Ouro Branco, cidade onde mora, a cantora conheceu um dos diretores da Ordem, o também músico, compositor e arranjador José Dias, que reconheceu nela um grande talento.

Uma semana depois, Dona Jandira já estava no estúdio, cantando e tocando o seu violão, e, em um ano, alcançou a popularidade almejada por muitos jovens artistas. Desde então, tem recebido elogios do público e da imprensa, sendo considerada “uma grande revelação do cenário artístico brasileiro”. Em 2007, foi agraciada com os troféus “Mulher Influente”, e “Pró-Música 2007”, como cantora revelação. Nascida em Maceió, filha de uma professora de música, não seguiu a carreira de cantora, pelo preconceito da época. Trabalhou todo esse tempo como professora e artesã. Hoje, aos 69 anos de idade, Dona Jandira continua com o seu trabalho de artesã, além de emocionar o público com seu talento e carisma por todos os lugares onde se apresenta. Em agosto deste ano, ela lança seu primeiro disco, o “Dona Jandira”, com oito músicas de compositores consagrados e seis inéditas de compositores mineiros.

Com curadoria de Poti Castro, o Projeto “Ofício da Música” é mais uma iniciativa do Instituto Cultural Flávio Gutierrez, que, este ano, comemora 10 anos.