O projeto de leitura, vivência e memória de poesia “Terças Poéticas” apresenta nesta terça-feira, dia 20, a poetisa e atriz de Salinas-MG, Lena Guimarães, contracenando com João André (foto/Wilson Medeiros) na performance e lançamento de “Pacto sob Outono”, em homenagem ao seu conterrâneo, Narciso Durães. Ela é autora também de “Pelos Campos de Alvarrã” (1995), “Sempre será uma vez” (1998), e “No Jegui tem Sal” (2001).
O evento conta ainda com a participação especial de Cláudio Bento, de Jequitinhonha-MG, lendo poemas de “Cheiro de Jenipapo”, edição do autor lançada este ano. Com entrada franca, o “Terças Poéticas” acontece semanalmente, às 18h30min, nos Jardins Internos do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537), no Centro de Belo Horizonte.
O “Terças Poéticas” desta tarde/noite tem um diferencial: o homenageado Narciso Durães também fará parte da apresentação, lendo poemas publicados e inéditos, além de falar sobre a sua vida dedicada à poesia. Autor de “O Pássaro de Vidro” (1984), “Olhos de Itacambira” (1986), “Círculos de Silêncio e Alguns Ruídos” (1987), “Poesia Vertical” 1990), “Cheese-Road” (1995), “Gerifalte” (1997) e “Rios do Meu Tempo” (2005), Durães escreveu e encenou “Goodophredus”, em 1987, e participou da antologia “O achamento de Portugal”, organizado por Wilmar Silva.
“Pacto sob Outono” é o livro de poemas pelo qual é Lena Guimarães fala com a inquietude de mulher norte-mineira sobre o Vale (encantado) do Jequitinhonha. “Eu me percebo ouvindo vozes, sentindo o cheiro do barro se transformando em arte”, escreve o ator e poeta Jackson Antunes, no prefácio da coletânea. “Pacto...” apresenta, logo mais, a poesia na viagem dos riscos, exemplo na cena em que andam descalços em cacos de vidros com mais de 60 garrafas sob um papelão. Figurino confeccionado com sacolas plásticas brancas, a performance “Pacto...” mostra que o Interior de Minas é um espaço vivo da poesia em sua explosão de experiências.
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