segunda-feira, 19 de maio de 2008

Bactéria do leite é estudada em Belo Horizonte

Da AGÊNCIA MINAS

A Fundação Ezequiel Dias (Funed) está estudando, em Belo Horizonte, a “Enterobacter sakazakii” – uma bactéria que oferece riscos para recém-nascidos, principalmente bebês prematuros ou que nascem abaixo do peso, além de filhos de mães imunodeprimidas. Essas crianças são alimentadas com fórmulas infantis e também com o leite em pó, produto que pode apresentar contaminação pela bactéria. O estudo foi tema de uma palestra proferida pela farmacêutica da Funed, Maria Crisolita Silva Cabral, no mês passado, durante o III Simpósio Mineiro de Microbiologia Alimentar, realizado em Viçosa-MG.

A “Enterobacter sakazakii” é resistente a altas temperaturas e tem grande potencial de multiplicação. Após o preparo da mamadeira, a bactéria pode se multiplicar de oito a 10 vezes, a cada quatro horas. Caso a criança seja contaminada, ela pode desenvolver doenças graves e que podem levar à morte, como meningite, bacteremia e enterocolite necrosante.

Com o propósito de assegurar o isolamento da bactéria nas formulas lácteas e no leite em pó, a Funed e o Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen) está adaptando a metodologia ISO/TS 22964, um projeto conjunto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O objetivo é tornar o laboratório de Minas referência nacional no assunto, contribuindo para um maior controle sanitário do leite em pó. O produto faz parte dos programas de monitoramento da Vigilância Sanitária Estadual.

A Funed, por meio do Serviço de Microbiologia de Produtos, analisa as amostras encaminhada pela Vigilância Sanitária. Os estudos desenvolvidos na Fundação podem ajudar na diminuição da infecção e da morte de bebês, devido à contaminação por “Enterobacter sakazakii”. "Essa bactéria, oportunista e emergente, é uma preocupação de saúde pública mundial", afirma Maria Crisolita.

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