domingo, 7 de dezembro de 2008

‘Tisakisü...’ em cartaz no Museu de Artes e Ofícios de BH



Os avanços e as revoluções tecnológicas estão a favor da preservação das tradições dos povos indígenas. É o que mostra a exposição multimídia Tisakisü – tradição e novas tecnologias da memória, que está em cartaz até o dia 10 de janeiro próximo, no Museu de Artes e Ofícios, na Praça da Estação, em Belo Horizonte. Aberta ao público, a exposição (foto Divulgação/Museu do Índio) pode ser visitada das 12h às 19h, às terças, quintas e sextas-feiras, e das 11h às 17h, aos sábados, domingos e feriados.

Tisakisü (“a nossa palavra”) é o resultado de décadas de pesquisa científica com os Kuikuro do Alto Xingu. Com uma população estimada de 600 índios vivendo em três aldeias, os Kuikuro são um povo de língua caribe que habita a região dos formadores do rio Xingu, o Alto Xingu, no Norte do Mato Grosso. Parte dessa área pertence ao Parque Indígena do Xingu, criado em 1961.

A mostra reúne 11 vídeos e 100 fotos dos Kuikuro, além de dois filmes produzidos pelos próprios xinguanos e premiados em festivais nacionais. Os destaques ficam para os filmes “Nguné Elü - O Dia em que a Lua Menstruou”, vencedor, entre outros, do Prêmio Chico Mendes de Melhor Documentário Vídeo do Festival de Rondônia 2004, e “Inbé Gikegü: Cheiro de Pequi”, que recebeu vários prêmios em 2006, entre eles, o Manuel Diegues Júnior, na 11ª Mostra Internacional do Filme Etnográfico, no Rio de Janeiro.

Organizada pelo Museu do Índio, órgão científico-cultural da Fundação Nacional do Índio (Funai) localizado no Rio de Janeiro, a exposição é, antes de tudo, “o relato em imagens de uma experiência de profundo envolvimento entre pessoas, relato de um diálogo que reúne antropólogos e índios, cinegrafistas indígenas e lingüistas, pesquisadores indígenas e cineastas, mestres cantores e etnomusicólogos, em nome de uma aventura comum em defesa de uma cultura única”, nas palavras de José Carlos Levinho, diretor desta instituição.

Tisakisü tem curadoria dos antropólogos professores Carlos Fausto e Bruna Franchetto, mestres e doutores em Antropologia pela UFRJ.

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