terça-feira, 24 de março de 2009

Tuberculose preocupa a Prefeitura de Belo Horizonte

Da Ascom/PBH

Nesta terça-feira, 24 de março, é comemorado o Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, doença infecciosa que mais mata adultos no mundo. Preocupada com o problema, a Secretaria Municipal de Saúde de BH está promovendo uma panfletagem de esclarecimentos, principalmente, na área hospitar da Capital mineira, para aumentar a conscientização dos belo-horizontinos sobre a doença, que tem cura.

Em 2008, foram notificados 740 novos casos de tuberculose em Belo Horizonte. Em todo o Brasil, foram registrados, nos últimos anos, 85 mil novos casos da doença e cerca de cinco mil óbitos por ano. Os dados apontam para uma média de14 mortes por dia.

A tuberculose é a quarta causa de morte e a nona causa de internações, ambas por doenças infecciosas. Cerca de 70% dos casos ocorrem entre pessoas na faixa etária produtiva (de 15 a 59 anos).

Também chama a atenção os casos de tuberculose com infecção de HIV associada, que resulta na maior causa de morte entre pacientes com Aids. De acordo com o Ministério da Saúde, “no Brasil, cerca de 14% dos pacientes com tuberculose estão infectados com o HIV. No entanto, apenas 70% dos portadores de tuberculose fazem o teste para Aids”.

A tuberculose pode ser tratada em todos os 146 centros de saúde da Capital mineira. As unidades fazem o controle da doença através do diagnóstico, tratamento dos casos e vacinação dos recém-nascidos com BCG. Mas ainda assim, é alto o número de abandono do tratamento, que pode ter como causa sua duração prolongada, que é de seis meses, ou ainda o perfil dos pacientes.

De acordo com a coordenadora de Tuberculose da Secretaria Municipal de Saúde de BH, Maria das Graças Rodrigues, “o diagnóstico dos casos transmissíveis da tuberculose é fácil e pouco oneroso, e o tratamento atual é feito com medicamentos de grande eficácia - 95% ou mais, desde que tomados diariamente durante seis meses, sem interrupções”, ensina.

Para reduzir a incidência de tuberculose, o Ministério da Saúde e a OMS propõem a implantação do Tratamento Supervisionado, que consiste na ingestão dos medicamentos sob a supervisão direta de um profissional de saúde ou membro da família ou comunidade - treinado para tal. A estratégia já é adotada em BH e tem sido empregada em várias partes do mundo, com excelentes resultados, mesmo em países pobres e com poucos recursos destinados à saúde.

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