Da AGÊNCIA MINAS
Absolutamente contra a reabertura do Aeroporto da Pampulha a empresas que não voem apenas para o Interior mineiro, o governador Aécio Neves acaba de se reunir, em Brasília, com o ministro da Defesa, Nélson Jobim (foto Wellington Pedro/Imprensa MG), para tratar da expansão e consolidação do setor aéreo em Minas. Durante o encontro, o governador apresentou ao ministro o planejamento feito pelo Estado para o desenvolvimento do setor, que tem como ponto fundamental a expansão do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, colocando-o como uma das principais rotas de voos internacionais do País.
“Estamos mostrando ao ministro que Minas Gerais tem um planejamento para o seu desenvolvimento. Fizemos um enorme esforço, quase que exclusivamente do Estado, em parceria com a Prefeitura, para viabilizarmos o Aeroporto Tancredo Neves. Hoje, temos mais de 50 saídas semanais para a Europa, América Central e América do Norte. Isso ocorreu em razão dos investimentos que fizemos na Linha Verde e da transferência de voos que tínhamos na Pampulha”, afirmou Aécio Neves.
O governador explicou ao ministro que o retorno de voos diretos do Aeroporto da Pampulha para outras capitais, possibilidade cogitada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), sem que ocorra o cumprimento do acordo que prevê a inclusão dos aeroportos regionais nas rotas das empresas aéreas, prejudicará a atração de investimentos para os municípios mineiros.
“Eu fiz ver ao ministro que, para nós, é inaceitável que todo esse nosso esforço de desenvolvimento econômico, com a facilidade de voos internacionais para os mineiros, seja desmoronado por um retorno para o Aeroporto da Pampulha, onde o governo federal não fez nenhum investimento. O ministro foi extremamente sensível ao que nós falamos e ficou de conversar com a Anac”, disse Aécio Neves.
Na oportunidade, o governador de Minas também cobrou mais investimentos da Infraero no Aeroporto Internacional de Confins, que alcançou, em 2008, o limite de sua capacidade, que é de 5 milhões de passageiros por ano. Há três anos, quando 130 voos foram transferidos para Confins, o Aeroporto de Confins estava sub-utilizado, com apenas 388 mil passageiros por ano.
“Trouxe ao ministro as demandas da ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto de Confins, que inclui o projeto de uma nova pista. Nosso planejamento para o desenvolvimento de Minas passa por investimentos no Aeroporto Tancredo Neves, o que pode ser feito, inclusive, com os recursos que são arrecadados pela Infraero, de mais de R$ 220 milhões desde que os voos foram transferidos para Confins. “Nesse período não houve qualquer contrapartida por parte da Infraero nos investimentos feitos”, lembrou o governador mineiro.
Atualmente, o único aeroporto internacional de Minas gera uma receita anual de R$ 70 milhões/ano para a Infraero, e já é um dos seis maiores aeroportos do País, movimentando mais de 430 mil passageiros/mês, operando como hub aéreo que mais cresce dentro da malha aérea nacional. A projeção é de que, em 2011, 9 milhões de passageiros passem por Confins.
Uma coisa é certa: a transferência de quase 150 vôos do Aeroporto da Pampulha para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN) possibilitou o desenvolvimento das operações com mais segurança, conforto e rapidez para os passageiros, além da conectividade com as principais cidades do País.
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