terça-feira, 5 de maio de 2009

O tratamento da asma é tema de palestra em Belo Horizonte



Para explicar como a fisioterapia auxilia no tratamento da asma, os Departamentos de Alergia, Pediatria e Pneumologia da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), em parceria com a Associação Brasileira de Asmáticos (Abra-BH), promovem, nesta terça-feira, 5, em Belo Horizonte, a palestra “Dia Mundial de Combate à Asma: como tratar a doença?”. O evento será às 19h30min, na sede da AMMG (Av. João Pinheiro, 161), no Centro da Capital mineira. A alergologista e coordenadora da Abra-BH, Corina Toscano Sad, convidou a fisioterapeuta Teresa Cristina Silva Brant para esclarecer asmáticos e familiares sobre como é o tratamento fisioterápico. As inscrições são gratuitas As inscrições para a palestra são gratuitas e podem ser feitas pelos telefones (31) 3247-1647 ou 3247-1600.

O evento é uma promoção da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia-MG, Sociedade Mineira de Pediatria, Sociedade Mineira de Pneumologia e Cirurgia Torácica (departamentos científicos da AMMG) e da Abra-BH, organização não-governamental que reúne profissionais de saúde, asmáticos e seus familiares.

De acordo com a fisioterapeuta, a abordagem fisioterápica em geral inclui técnicas de desobstrução brônquica (Ilustração/Reprod. AMMG), exercícios de expansibilidade torácica, posicionamento, exercícios respiratórios e treinamento de musculatura periférica e respiratória. A fisioterapia pode ser utilizada desde a forma mais branda até a fase mais crônica da asma. Dependendo do estágio da doença, o tratamento fisioterápico terá objetivos distintos, como, por exemplo, a prevenção de complicações advindas das crises para determinados pacientes e a manutenção das vias aéreas superiores sem secreção para outros, com o intuito de combater as sinusites de repetição.

Corina Toscano Sad frisa que o tratamento fisioterápico é complementar e, portanto, o paciente não deve abrir mão do tratamento médico. “A principal arma no tratamento da asma tem sido os anti-inflamatórios inalados. O objetivo do tratamento prolongado e diário é o controle da doença, e deve ser individualizado e regular. Um dos problemas mais recorrentes com esse tipo de tratamento é a dificuldade dos asmáticos e familiares envolvidos em aderir ao esquema de uso diário e contínuo da medicação”, explica. Os estudos demonstram que quando o paciente adere ao tratamento complementar e faz o uso correto da medicação ocorre melhora da capacidade física e da qualidade de vida.

Sad salienta que, em Belo Horizonte, os pacientes asmáticos já podem contar com medicamentos de controle da asma, como corticóide inalatório (beclometasona 250mcg, spray oral) e broncodilatador de resgate (salbutamol 100 mcg spray oral). “Isto porque está em vigor, desde o início de abril, a portaria 406/GM, de 23 de fevereiro, que descentraliza recursos financeiros – do Ministério da Saúde para os municípios -, destinados ao custeio de medicamentos para hipertensão, diabetes, asma e rinite”.

A asma acomete 300 milhões de pessoas em todo o mundo e pelo menos 10% dos brasileiros, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O Brasil é o oitavo País no mundo em prevalência de asma. Aproximadamente 20% dos brasileiros têm ou já tiveram alguma manifestação da doença, sendo que 25% destes têm as formas moderada ou grave, que podem levar à morte se não diagnosticadas e tratadas corretamente. A asma pode ser tratada unindo tratamento médico ao fisioterápico. Segundo especialistas, a abordagem fisioterápica engloba a avaliação e o tratamento das desordens do sistema respiratório tais como obstrução ao fluxo aéreo, retenção de secreção em vias aéreas, alteração na função ventilatória pulmonar, cansaço, impacto na capacidade de exercício do paciente e em sua qualidade de vida.

Nenhum comentário: